PIB e inflação da zona euro sobem, desemprego em nível mais baixo desde 2011

Economia dos países da moeda única cresceu 0,3% no trimestre face aos meses anteriores.

Os preços continuam a subir ligeiramente na zona euro, o desemprego está no nível mais baixo dos últimos cinco anos e a economia dos países que partilham a moeda única registou um crescimento entre Abril e Julho.

O Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, divulgou nesta quinta-feira que o Produto Interno Bruto da zona euro subiu 0,3% no segundo trimestre deste ano por comparação com o trimestre anterior. Face ao mesmo período de 2015, o crescimento do PIB foi de 1,6%. Já o PIB da União Europeia registou uma subida de 0,4% em relação aos três meses anteriores e um aumento de 1,8% quando comparado com o do ano passado.

Já a taxa de inflação homóloga da zona euro deverá fixar-se nos 0,2% em Julho deste ano, uma subida face aos 0,1% do mês anterior, segundo uma estimativa divulgada pelo Eurostat, que será actualizada em Agosto. A  taxa de inflação regressa assim ao valor registado um ano antes, em Julho de 2015, depois de em Junho já ter saído de terreno negativo (era de -0,1% em Maio).

Considerando os principais componentes da inflação na zona euro, o sector da alimentação, álcool e tabaco terá ter conhecido o aumento mais significativo (1,4%, comparando com 0,9% em Junho), seguido dos serviços (1,2% face a 1,1% no mês anterior).

Foi também divulgado que a taxa de desemprego na zona euro e no conjunto da União Europeia, que se manteve estável em Junho face ao mês anterior, nos 10,1% e 8,5%, respectivamente, permanecendo assim nos valores mais baixos dos últimos anos.

A taxa de desemprego na zona euro representa um recuo em termos homólogos, face aos 11,0% registados em Junho do ano passado, e permanece no valor mais baixo desde Julho de 2011, enquanto na UE a 28 a taxa de 8,5% fica um ponto abaixo daquela verificada há um ano (9,5%), e continua a ser a mais baixa desde Março de 2009.

Portugal acompanhou esta tendência, ao registar em Julho uma taxa de desemprego estável face ao mês anterior, de 11,2% (contra 12,3% em Junho de 2015), que permanece como a sexta mais elevada da UE, atrás de Grécia (23,3%, valor de Abril), Espanha (19,9%), Croácia (13,2%), Chipre (11,7%) e Itália (11,6%).

No extremo oposto, os Estados-membros com taxas de desemprego mais baixas em Junho foram Malta (4,0%), República Checa (4,1%) e Alemanha (4,2%).

No que respeita ao desemprego jovem, a taxa recuou ligeiramente tanto na zona euro (de 20,9% em maio para 20,8% em Junho) como no conjunto da União (de 18,7% em maio para 18,5% em Junho), sendo as quedas mais significativas em termos homólogos, pois um ano antes fixavam-se nos 22,5% e 20,6%, respectivamente.

Malta (6,9%) e Alemanha (7,2%) registaram as menores taxas de desemprego jovem, enquanto a Grécia (47,4% em Abril) e a Espanha (45,8%) continuam a ter as mais elevadas.

Em Portugal, a taxa de desemprego jovem recuou para os 27,2%, face aos 28,1% no mês anterior e 31,8% em termos homólogos.

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