A aprovação no Senado do acordo que permite aumentar o limite da dívida norte-americana não conseguiu inverter a trajectória negativa das bolsas mundiais. Na Europa, as quedas foram generalizadas. Em Wall Street, os principais índices fecharam a perder mais de dois por cento.

O índice tecnológico Nasdaq perdeu 2,75 por cento(para 12.000 pontos – o valor de fecho mais baixo desde meados de Março), um pior desempenho do que o Dow Jones, que, mesmo assim, fechou a derrapar 2,19 por cento (para 11.866,62 pontos). O índice alargado Standard & Poor’s 500 sofreu um tombo de 2,56 por cento.

No espaço de uma semana, disse à agência AFP Gregori Volokhine, analista da Meeschaert Capital Markets, a opinião dos investidores dá sinal do abrandamento da economia americana. Volokhine lembra mesmo “os comentários em que se fala em recessão durante a segunda parte do ano”, apesar de a maior economia global estar apenas com uma retoma lenta (com um crescimento de 1,3 por cento no último trimestre).

Segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Departamento do Comércio, o consumo registou a primeira quebra desde Setembro de 2009 – uma descida de 0,2 por cento que contrasta com a expectativa dos economistas.

Na Europa, as quedas em bolsa foram também superiores a um por cento nas praças de referência. O londrino Footsie-100 cedeu 0,97 por cento, mas Lisboa já caiu para 1,44 por cento no PSI-20, o parisiense CAC 40 desvalorizou 1,82 por cento, o Dax, de Frankfurt, tombou 2,26 por cento e o FTSE Mib, de Milão, derrapou 2,53 por cento.