Soares da Costa aprova entrada de empresário angolano no capital da construtora

Accionistas presentes na assembleia geral aprovaram a aquisição de 67% da construtora por António Mosquito

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Construtora é a maior fonte de receitas do grupo Soares da Costa Nelson Garrido

A entrada de António Mosquito no capital da construtora Soares da Costa foi hoje aprovada por unanimidade por parte dos accionistas presentes na assembleia geral extraordinária do grupo que se realizou no Porto.

De acordo com o comunicado enviado pelo Grupo Soares da Costa (GSC) ao regulador do mercado de capitais, estiveram presentes na assembleia geral accionistas (ou seus representantes) detentores de acções correspondentes a 83,1% dos direitos de voto, tendo a entrada de António Mosquito sido aprovada por unanimidade.

O empresário angolano vai pagar 70 milhões de euros, por via de um aumento de capital, em troca de 66,7% do capital da construtora (principal activo do grupo). Para que tal aconteça falta agora a assinatura formal do contrato, que deverá ocorrer a muito breve prazo. Depois, é também necessário ter o acordo dos bancos envolvidos no processo de recuperação financeira do grupo, devido à mudança accionista.

Com a entrada de António Mosquito, que se estreia nos grandes investimentos em Portugal, Manuel Fino (via Investifino), Ana Maria Caetano (via Parinama) e os pequenos accionistas vêem as suas posições serem diluídas, passando Manuel Fino, que controlava a empresa, a minoritário. Os intervenientes no negócio esperam que todo o processo esteja concluído até ao final ano, faltando ainda perceber se a operação precisa ou não do aval da Autoridade da Concorrência.

A entrada de um novo investidor na Soares da Costa faz parte da estratégia de reestruturação do grupo que está em curso. Hoje, o GSC sublinhou, através do comunicado enviado ao regulador do mercado de capitais, que o conselho de administração “reafirmou o seu empenho” neste processo, sublinhando que, “embora não existam quaisquer decisões neste âmbito, se afigura que a solução a adoptar será sempre muito exigente para o Grupo Soares da Costa e, naturalmente, para os seus accionistas”.

 
 
 
 

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