Só manutenção da TAP no Estado defende interesse público, diz o BE

As propostas “que vêm hoje dos mercados não permitem assegurar aquilo que é o interesse estratégico nacional”, diz Ana Drago.

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O Governo recusou a proposta do grupo Synergy Raquel Esperança

A deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago congratulou-se com a recusa da venda da TAP ao empresário Germán Efromovich e defendeu que só a manutenção da empresa no sector público defende o interesse estratégico nacional.

“Não é bom privatizar a TAP hoje, com este senhor, como não é bom privatizar daqui a dois meses, com qualquer outro senhor. Manter este interesse estratégico é manter a TAP em mãos públicas que podem fazer essa defesa do interesse nacional”, defendeu.

O Governo decidiu recusar a proposta do grupo Synergy, do empresário Germán Efromovich, para a compra da TAP justificando que o grupo não deu as garantias adequadas.

Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, Ana Drago considerou que, ao longo do processo, “se percebeu” que “este tipo de propostas que vêm hoje dos mercados não permitem assegurar aquilo que é o interesse estratégico nacional”.

“A única forma de sustentar o papel da TAP enquanto maior exportador nacional e enquanto mecanismo de entrada de turismo que permite consolidar um dos sectores que ainda se aguentam na economia portuguesa, que é o sector do turismo, é manter uma actuação pública”, afirmou.

No entanto, a deputada advertiu que o debate sobre privatizações está ainda em aberto e que na próxima semana haverá um “novo round na discussão da privatização da ANA”.

“Não nos podemos esquecer de que está na calha a privatização de uma empresa pública que dá lucro todos os anos, que nos últimos dois anos deu 200 milhões ao Estado, é uma boa empresa pública”, disse.
 
 

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