Sabadell vende participação no BCP

Banco espanhol quer alienar posição de 4%.

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Banco espanhol vai ficar com posição residual no BCP, onde entrou em 2000 José Sarmento Matos

O banco espanhol Sabadell vai deixar de ser accionista qualificado do BCP, ao alienar 4,08% do capital da instituição financeira.

De acordo com a Bloomberg, que cita um documento enviado aos investidores, o Sabadell quer encaixar cerca de 50 milhões de euros com esta operação. A venda, feita através de uma oferta particular das acções, num processo de venda rápida (accelerated bookbuilding) é dirigida “exclusivamente a investidores qualificados e institucionais”, explicou o Sabadell num comunicado divulgado esta segunda-feira.

Uma vez concluída a venda dos 4,08%, com o apoio do Citigroup, o banco espanhol fica ainda com 0,14%, posição que não pode vender “sem o consentimento prévio por escrito do Citi, por um período de 90 dias”. Esta estratégia surge após a entrada do grupo chinês Fosun no banco liderado por Nuno Amado, que pagou 175 milhões de euros por 16,7% do capital.

Actualmente, o Sabadell é o terceiro maior accionista do BCP, onde entrou em 2000. Após o aumento de capital reservado à Fosun, a Sonangol viu a sua posição ser diluída, ficando com 14,9% das acções do BCP. Já o Sabadell ficou com 4,2%, a EDP com 2,1% e a Interoceânico (ligada a interesses angolanos) com outros 1,7%.

Na próxima segunda-feira, dia 19, haverá uma assembleia geral de accionistas do BCP para votar o aumento da blindagem dos direitos de voto de 20% para 30%, tal como pretendido pela Fosun. Ao mesmo tempo, também a Sonangol pediu ao supervisor para subir a sua participação até aos 30%.

Hoje, as acções do BCP fecharam a perder 1,4%, para os 1,29 euros.

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