Resultado líquido da Galp Energia recua 26% no terceiro trimestre do ano

O resultado líquido da petrolífera portuguesa foi de 99 milhões uma diminuição de 15% comparativamente com o ano anterior.

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A Galp Energia tem uma redução de 4% de volume vendido face ao período homólogo de 2015 ASM ADRIANO MIRANDA - PòBLICO

O resultado líquido da Galp Energia atingiu os 361 milhões de euros até ao final do terceiro trimestre do ano, uma redução de 26% (-129 milhões) relativamente ao período homólogo de 2015, informou, esta sexta-feira, a empresa.

Numa informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a petrolífera portuguesa indica que o resultado líquido de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) foi de 99 milhões (-15% face ao período homólogo), "incluindo um efeito stock (de 47 milhões e eventos não recorrentes de 215 milhões".

O resultado operacional totalizou 534 milhões de euros, menos 33% do que no mesmo período de 2015, refere a empresa. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado do Grupo em base ajustada (RCA) totalizou 1.015 milhões de euros, menos 17% do que nos primeiros três trimestres de 2015.

De acordo com a informação prestada pela empresa à CMVM, o investimento totalizou 874 milhões de euros, 88% dos quais foram aplicados nos projectos de E&P (exploração e produção). A produção total (working interest) de petróleo e gás natural foi de 61,7 mboepd (mil barris de petróleo equivalente por dia), um aumento de 41% face ao período homólogo de 2015, sobretudo devido à entrada em produção das unidades de produção brasileiras de Itaguaí, Maricá e Saquarema. A produção net entitlement (líquida) aumentou 44%, para 59,2 mboepd, acrescenta a nota.

Os volumes vendidos a clientes directos situaram-se nos 6,7 milhões de toneladas, uma redução de 4% face ao período homólogo de 2015, "reflectindo a optimização do portefólio de clientes", indica a Galp. A empresa acrescenta que o volume de vendas em África representou 8% do volume total de vendas a clientes directos, o que representa "um contributo em linha com o período homólogo".

Nos primeiros nove meses do ano, a margem de refinação da Galp foi de quatro dólares por barril, menos 2,7 dólares por barril do que no período homólogo, "reflectindo a descida das margens de refinação nos mercados internacionais". "O crude representou 91% das matérias-primas processadas, sendo que 83% correspondeu a crudes médios e pesados. A gasolina representou 23% da produção e os destilados médios totalizam 46% da produção total. Os consumos e quebras no período representaram 7% das matérias-primas processadas", refere.

As vendas de gás natural totalizaram 5.203 milhões de metros cúbicos durante os primeiros nove meses do ano, uma diminuição de 13% face ao período homólogo, lê-se ainda na comunicação da Galp Energia ao mercado.

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