Representantes de fundos imobiliários sugerem voto na direita em resposta a Costa

Associação do sector está contra as alterações aos fundos de investimento imobiliário contidas no Orçamento do Estado.

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José Veiga Sarmento, presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) Nuno Ferreira Santos

O líder da associação que representa os fundos de investimento imobiliário reagiu este domingo às declarações do primeiro-ministro que, no sábado, sugeriu o voto no PSD e no CDS aos eleitores que preferem proteger os rendimentos da banca.

"De forma a apoiar o apelo feito pelo senhor primeiro-ministro, a APFIPP convida os aforradores que colocaram as suas poupanças nos Fundos de Investimento Imobiliário Abertos a ponderarem seriamente a opção de voto que lhes foi sugerida para as próximas eleições, contribuindo assim para a preservação das suas poupanças", lê-se num comunicado hoje divulgado pelo presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), José Veiga Sarmento.

No sábado, numa sessão de esclarecimento sobre o Orçamento de Estado para 2016 com militantes e simpatizantes do Partido Socialista (PS), no Porto, António Costa disse que o Governo escolheu proteger os rendimentos do trabalho em detrimento dos rendimentos da banca. "Eu admito que há pessoas que prefeririam que protegêssemos os fundos de investimento imobiliário, mas esses também têm boa solução: votem no PSD, votem no CDS, e têm [isso] garantido", afirmou António Costa.

Na reacção, Veiga Sarmento convidou também "todos os que colocam as suas poupanças em Fundos de Pensões, a actuarem da mesma maneira, principalmente se partilharem das dúvidas sobre a capacidade dos sistemas públicos em assegurar as pensões futuras". O responsável estendeu o mesmo convite "a todos os que colocam as suas poupanças em certificados de aforro, tendo presente a preocupação quanto à segurança dos seus investimentos".

A proposta de Orçamento do Estado para este ano, apresentada na sexta-feira pelo executivo, prevê a revogação da isenção de IMI e de IMT para os fundos de investimento imobiliário e fundos de pensões, uma medida que vai permitir um encaixe de 50 milhões de euros, contemplando ainda uma contribuição adicional da banca para o Fundo de Resolução, calculada em 50 milhões.

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