Presidente do Santander assegura que "nada vai mudar" para clientes do Popular

Na sequência da compra do Banco Popular por um euro, Ana Botín assegura que não haverá “custos para os contribuintes”.

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A presidente do Santander, Ana Botín, durante a conferência desta quarta-feira em Madrid Reuters/JUAN MEDINA

A presidente do grupo Santander garantiu em Madrid que, na sequência da compra do Banco Popular realizada esta quarta-feira, "nada vai mudar" para os clientes desta entidade em Espanha e em Portugal, assegurando a "segurança e estabilidade" da operação.

"Nada vai mudar para os clientes do Banco Popular", assegurou Ana Botín numa conferência de imprensa nesta quarta-feira na sede do grupo Santander em Madrid, acrescentando que "não haverá custos para os contribuintes" na operação que teve o apoio dos supervisores europeus do mercado financeiro.

Segundo a presidente do Santander, depois da fusão, o grupo será líder do sector em Espanha, com 20% de quota de mercado e 17 milhões de clientes, e "o primeiro banco privado em Portugal", com 17% de quota de mercado e quatro milhões de clientes.

Botín espera que a integração do Popular no Santander signifique uma poupança de 10% até 2020 e uma melhoria da rentabilidade do grupo em Espanha e em Portugal até 2019. "A operação é positiva para o sector e para os clientes", concluiu a presidente do Santander que não adiantou números sobre eventuais reduções de balcões ou funcionários.

"Neste momento [o Banco Popular] mantém-se como filial" do Santander, mas "a ideia é que haja uma integração, mas temos de ver nos próximos meses". "Não podemos neste momento dizer qual vai ser a estratégia", acrescentou Ana Botín.

O Banco Santander anunciou esta quarta-feira a aquisição de 100% de Banco Popular por um euro, após o Banco Central Europeu ter constatado a inviabilidade da instituição de forma independente e a fim de garantir a segurança dos depositantes do Popular.

Em comunicados separados, o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB) e o próprio Santander indicam que a compra ocorre depois de um processo competitivo de venda organizado "no âmbito de uma medida de resolução", adoptado pelo Conselho Único de Resolução europeu e executado pelo FROB.

Como parte da operação, o Santander tem previsto realizar um aumento de capital de aproximadamente sete mil milhões de euros, "que cobrirá o capital e as provisões necessárias para reforçar o balanço do Banco Popular", segundo um comunicado enviado à Comissão de Comissão de Mercado de Valores (CMVM) espanhola.

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