Prejuízos da Uber chegam aos mil milhões em seis meses

Enquanto tenta ganhar mercado e ultrapassar batalhas jurídicas, a tecnológica acumula prejuízos.

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Receitas com reservas de viagens cresceram 32% Bruno Lisita/Arquivo

Apesar da crescente popularidade, as contas da Uber parecem não trilhar o mesmo caminho. A empresa que criou uma aplicação de telemóvel que permite chamar um carro com motorista teve prejuízos de cerca de mil milhões de euros (1,27 mil milhões de dólares) nos primeiros seis meses do ano.

A Uber não está cotada em bolsa e os números são revelados pela Bloomberg, que teve acesso à informação divulgada aos investidores durante uma conferência. Nesta sexta-feira, o director financeiro da Uber, Gautam Gupta, terá adiantado que a tecnológica acentuou perdas no segundo trimestre e não conseguiu manter os resultados positivos nos Estados Unidos, onde no primeiro trimestre tinha alcançado lucros.

De acordo com a Bloomberg, entre Janeiro e Fevereiro, a Uber teve prejuízos de 520 milhões de dólares (460 milhões de euros) antes de juros, impostos, depreciações e amortizações. Nos três meses seguintes o montante derrapou e ultrapassou os 750 milhões de dólares, que incluem uma queda de cem milhões só nos EUA, onde a empresa foi fundada há sete anos

Enquanto tenta trilhar mercados e enfrentar batalhas jurídicas para fazer valer o seu inovador modelo de negócio, a Uber tem acumulado perdas. Pelas contas da Bloomberg o valor chega perto dos 4000 milhões de dólares desde a fundação.

Apesar de não ganhar dinheiro, entre o primeiro e o segundo trimestre as receitas oriundas das reservas de carros aumentaram de 3800 milhões de dólares para mais de 5000 milhões, ou seja 32%. As receitas líquidas cresceram cerca de 18% de 960 milhões para 1100 milhões, no mesmo período.

Durante a conferência com os investidores, a Uber justificou que as comissões dadas aos motoristas pelo serviço prestado explicam as avultadas perdas. Fonte oficial da empresa não comentou os dados.

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