Prejuízo do Novo Banco baixa para 131 milhões no trimestre

Há um ano, no primeiro trimestre de 2016, prejuízos tinham sido de 249,4 milhões de euros.

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O presidente do Novo Banco, António Ramalho, realçou esta segunda-feira a melhoria dos resultados no primeiro trimestre Rui Gaudencio

O Novo Banco registou um resultado líquido negativo de 130,9 milhões de euros entre Janeiro e Março, quando tinha tido um prejuízo de 249,4 milhões de euros em igual período do ano passado, revelou a instituição financeira esta segunda-feira.

Os resultados do primeiro trimestre "reflectem o esforço de consolidação operacional prosseguido desde o exercício de 2016", destacou o Novo Banco no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já o resultado operacional 'core' atingiu os 59,6 milhões de euros, um crescimento de 7% face aos primeiros três meses de 2016.

Provisões recuam 60,5%

O presidente do Novo Banco, António Ramalho, realçou esta segunda-feira  a melhoria dos resultados da entidade no primeiro trimestre, com o prejuízo a baixar quase para metade em termos homólogos, considerando que demonstra o esforço de recuperação da entidade financeira.

"É uma descida do prejuízo de mais de 47%, isto é, quase para metade, e esta melhoria faz parte da maratona de recuperação que estamos a realizar", assinalou à Lusa o gestor, no dia em que o Novo Banco revelou os resultados trimestrais.

António Ramalho apontou também para a "normalização" da actividade do Novo Banco ao nível dos depósitos e do crédito, bem como para a redução "de dois dígitos" dos custos operacionais no primeiro trimestre.

Os custos operacionais baixaram 12,9% entre Março de 2016 e Março de 2017, para 135,2 milhões de euros, confirmando a tendência de redução que se vem verificando desde a criação do Novo Banco.

Questionado sobre a significativa redução das provisões, que foram de 137,4 milhões de euros nos primeiros meses do ano, menos 60,5% do que em igual período do ano passado, António Ramalho mostrou-se satisfeito com esta evolução. "É normal que os níveis de imparidade se vão reduzindo", considerou, antecipando uma manutenção desta tendência nos próximos trimestres.

O líder do banco de transição resultante da intervenção das autoridades no antigo Banco Espírito Santo (BES), no Verão de 2014, realçou ainda os resultados positivos obtidos na actividade 'core' do banco, sublinhando que estes estão a crescer continuamente desde a passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2016.

Sobre a sua expectativa acerca dos resultados para o exercício deste ano, António Ramalho vincou que "as contas de 2017 ainda vão ser marcadas pela venda do banco", que está em curso depois de ter sido alcançado um acordo com a norte-americana Lone Star.

"É o ano de transição. A normalização da actividade é importante para assegurar a transição accionista", afirmou o responsável, sem querer comentar o processo de venda existente.

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