Paulo Macedo: pagamento de pensões em Almeida "decorreu sem problemas"

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentou um resultado negativo de 38,6 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. E comentou o caso do encerramento do balcão de Almeida.

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Paulo Macedo lidera o banco público. Rui Gaudencio

Sobre o plano de encerramento de balcões o presidente da CGD observou, numa conferência de imprensa realizada hoje, que nos locais afectados, como é o caso de Almeida, "a data de pagamento de pensões decorreu sem problemas", tendo havido menos de 10 pedidos de apoio de clientes. 

Paulo Macedo lembrou ainda que para suprir o fecho das agências existem três alternativas: utilização das cadernetas através da rede específica da CGD; usar nas caixas multibanco o cartão da CGD; deslocalização, por exemplo, de Almeida a uma agência próxima.

O presidente do banco público recusou comentar a intervenção do Presidente da República na busca de uma solução para as zonas que ficaram sem balcões da CGD. E críticou o uso do banco publico para a luta politica. Lembrou ainda que os restantes bancos "ja encerraram agências e muitos vão continuar a fazê-lo".

Neste capítulo acrescentou que a Caixa já fechou este ano 60 balcões e não está nos seus planos encerrar mais agências até ao próximo mês de Dezembro.

Evitar uma "caixazinha"

Um banco que não gerar lucros, não gerará  capital e ira encolher e acabará por se tornar se "numa caixazinha" e, portanto, ter lucros é sempre um objectivo de Paulo Macedo, conforme explicou aos jornalistas em conferência de imprensa.  

Para o gestor, a CGD tem pela frente um longo caminho de reestruturação, mas a expectativa é que os resultados recorrentes, que neste primeiro trimestre foram ainda marginais, possam subir todos os trimestres de modo a que o banco possa apresentar lucros que permitam gerar capital para se desenvolver ou manter a sua actual configuração.

A divulgação das contas trimestrais serviu para a CGD lembrar que o "plano de recapitalizacao foi concluído com sucesso", a actividade internacional "contribuiu positivamente" para as contas, "a qualidade dos activos evoluiu também de forma positiva, com menos risco e maior grau de cobertura". Apesar dos prejuízos, os resultados recorrentes já foram positivos, concluiu.

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