OniWay desconhece decisão judicial sobre EDP

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A OniWay ainda não foi notificada sobre a aceitação, pelo Tribunal Cível, de uma providência cautelar apresentada por um grupo de 13 empresas contratadas para serem agentes comerciais do quarto operador móvel e que, para já, inviabiliza o negócio de venda dos seus activos aos três operadores concorrentes, segundo disse ontem um porta-voz do grupo Oni. O mesmo argumento terá sido apresentado junto da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) para explicar a ausência da comunicação de um facto relevante ao mercado por parte da EDP, empresa cotada que controla a maioria do capital da OniWay.

A edição de ontem do "Diário de Notícias" avançou que um grupo de 13 lojistas, que se considerou lesado pelo anúncio da venda dos activos da OniWay aos operadores concorrentes, exige agora uma indemnização de cerca de 73 milhões de euros para fazer face a encargos assumidos no âmbito dos contratos comerciais assinados com a empresa, designadamente por via do pagamento de trespasses das lojas onde de futuro seriam revendidos os novos telemóveis. A aceitação da providência cautelar dos lojistas pelo Tribunal Cível de Lisboa, a 20 de Dezembro, dita um efeito suspensivo sobre o acordo para a venda dos activos à TMN, Vodafone e Optimus, designadamente quanto ao direito do uso da licença de UMTS, ao arresto de 60 milhões de euros dos cerca de 150 milhões que os três operadores se propõem pagar para adquirirem os activos da OniWay e ainda o congelamento das contas bancárias da empresa.

O acordo para a venda dos activos da OniWay irá ser levado à assembleia geral do operador marcada para 6 de Janeiro, mas, além do problema surgido com os lojistas a EDP, tem ainda de "acertar agulhas" com dois dos accionistas minoritários da empresa - a espanhola Iberdrola e a norueguesa Telenor -, que se opõem ao negócio. As notícias de ontem sobre este novo obstáculo ao negócio fizeram com que a EDP chegasse a perder três por cento do seu valor bolsista.

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