Em paralelo, de acordo com a informação divulgada em comunicado pela Oitante, “foi celebrado um contrato de prestação de serviços de administração, gestão e venda de um conjunto de activos no valor aproximado de 1,5 mil milhões de euros, compostos, essencialmente, por activos imobiliários e non performing loans [crédito malparado]”.

A Oitante diz acreditar que “a conclusão desta transacção permitirá a criação de uma nova plataforma de servicing em Portugal, trazendo as melhores práticas internacionais nesta área”.

A venda foi estruturada de modo a não só assegurar à Oitante “um encaixe financeiro importante, mas também a preservação dos postos de trabalho afectos às unidades de negócio alienadas”.

Segundo a empresa, embora seja uma tipologia de operação bastante presente em alguns mercados internacionais trata-se da primeira operação do género a ser conduzida em Portugal.

Através desta operação, a Oitante dá continuidade ao objectivo para que foi constituída, nomeadamente “a alienação dos seus elementos patrimoniais assegurando a maximização do seu valor”.

Na nota, a empresa destaca ainda que a Altamira é uma entidade líder na gestão de activos imobiliários e de non performing loans no mercado espanhol, empregando cerca de 700 profissionais actualmente e detendo sob gestão cerca de 50 mil milhões de euros de activos, tendo como clientes entidades bancárias de referência no mercado espanhol e no mercado internacional.

“Esta aquisição demonstra o investimento estratégico da Altamira no mercado português e onde tem como objectivo ser um servicer de referência”, lê-se.

De acordo com o documento, o processo concursal lançado pela Oitante teve a participação de um conjunto “bastante alargado” de interessados.