Mota-Engil conclui venda da participação na Indáqua por 60 milhões

Com a venda de participação ao grupo Miya, de origem israelita, a Indáqua passa a ser detida a 100% por estrangeiros.

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Grupo liderado por António Mota está a crescer mais na América Latina do que em África NFACTOS/FERNANDO VELUDO

A Mota-Engil confirmou esta quinta-feira a venda da sua participação na Indáqua, Indústria e Gestão de Águas, ao Grupo Miya , por 60 milhões de euros, um negócios que já tinha sido avançado pelo PÚBLICO.

A conclusão da operação de venda ao grupo de origem israelita está depende da obtenção das diversas autorizações por parte dos concedentes e financiadores e deverá estar concluída até ao final do primeiro semestre, adianta o grupo de construção em esclarecimento enviado à Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM).

A venda da  Indáqua, que participa em seis concessionárias de fornecimento de água, servindo sete municípios portugueses, está inserida na estratégia  “de focalização dos recursos afectos à sua área de ambiente, no segmento de recolha e tratamento de resíduos”.

O grupo  Miya, criado por Shari Arison em 2008, como parte de Arison Investments,  tem presença em vários continentes no negócio da gestão de água. A Mota-Engil detinha 50,06% do capital, sendo o restante pertença dos alemães da Talanx, do grupo segurador HDI.

O grupo de construção tem vendido vários activos, onde se inclui a Tertir, nas concessões portuárias, aos turcos da Yildirim. A empresa tem ainda em curso à venda da totalidade ou de parte da participação de 60% que detém na Ascendi, uma operação combinada com o Novo Banco, que detém os restantes 40%, e que deverá conhecer um desfecho brevemente.

As acções da Mota-Engil têm sido muito pressionadas em bolsa, devido à exposição da construtora a Angola e ao elevado endividamento, que a empresa pretende reduzir com a venda de alguns negócios considerados pela empresa como “maduros”.

 

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