Merkel dá novo sinal de que a austeridade europeia é para continuar

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Foto: Michael Gottshalk/ AFP Photo (arquivo)

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, deu hoje mais um sinal de que pretende continuar a apostar na política de austeridade ao nível europeu, na abertura da campanha eleitoral para as eleições de 13 de Maio no estado federado da Renânia do Norte-Vestefália.

Os países europeus que estão muito endividados, “estão de tal modo nas mãos dos mercados financeiros que já não podem tomar decisões independentes. Temos de ter atenção para que taxas de juro elevadas sobre a nossa dívida não nos levem a um ponto em que já não possamos decidir mais nada” na Alemanha, disse Merkel, citada pela agência Bloomberg.

Esta mensagem é também um sinal para os países do Sul no sentido de que não haverá tolerância para com as metas de redução dos défices com que se comprometeram, se bem que seja enviada num contexto eleitoral, num Estado federado em que perdeu eleições depois de ter aceitado participar no empréstimo que evitou a bancarrota desordenada da Grécia.

A Alemanha tem sido muito criticada por impor uma austeridade demasiado forte aos países do Sul com dificuldades em financiarem-se nos mercados de dívida, levando a uma espiral recessiva que não permite eliminar os défices das contas públicas apesar da forte diminuição de despesas.

As eleições regionais na Alemanha no próximo mês, em 13 dos seus estados (Land), serão também um teste ao apoio da opinião pública alemã ao modo como Merkel tem gerido a crise da dívida europeia, antes das eleições federais de 2013.

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