Lucros da Galp aumentam 71,5% para 639 milhões de euros

Resultados líquidos são calculados excluindo o efeito de oscilação do preço da matéria-prima em stock.

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Acordo permite à Galp financiar investimentos no Brasil Foto: Joana Camões/Arquivo

Os resultados líquidos da Galp Energia totalizaram em 2015 os 639 milhões de euros, configurando uma subida de 71,5% face ao ano de 2014. No documento de prestação de contas enviado ao mercado, a petrolífera nacional explica que estes resultados são ajustados (replacement cost ajustado) de modo a retirar o efeito da oscilação do preço das matérias primas e do material em stock. Numa base de replacement cost ajustado (RCA), o EBITDA consolidado do grupo Galp (resultados antes de impostos, juros e amortizações) totalizou os 1564 milhões de euros.

O investimento total efectuado pela petrolífera em 2015 foi de 1.283 milhões de euros, dos quais 86% se destinaram a actividades de exploração e produção – nomeadamente a construção de unidades FPSO (floating production storage and offloading unit), o desenvolvimento dos campos Lula/Iracema, no Brasil, e bloco 32 em Angola. No final do ano, a dívida líquida situou-se em 1.699 milhões de euros.

Segundo a informação divulgada, a produção total de petróleo e gás natural aumentou 50% em 2015, atingindo os 45,8 mil barris de petróleo equivalente por dia, sendo o Brasil o principal responsável por este aumento (a produção nesta país aumentou 82% face ao ano anterior). Também a margem de refinação da petrolífera portuguesa aumentou consideravelmente, passando dos 2,8 dólares por barril registado em 2014, para os seis dólares por barril conseguidos em 2015. A empresa comunica que vendeu, em termos médios, cada barril por 43,5 dólares, o que compara com os 88,7 dólares um ano antes.

As vendas de gás natural totalizaram 7.665 milhões de metros cúbicos (Mm3) durante 2015, mais 3% do que em 2014, reflectindo o aumento das vendas no segmento eléctrico e no segmento de trading.

Os volumes vendidos a clientes dos segmentos industrial e de retalho na Península Ibérica desceram 6% e 24%, respectivamente. 

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