Lucro do Santander cai 32% no primeiro semestre

Banco espanhol justifica resultados com despesas extraordinárias e enfraquecimento de várias divisas face ao euro.

Os resultados do espanhol Santander afundaram 32% nos primeiros seis meses deste ano em relação ao mesmo período de 2015. O banco explica a descida com despesas extraordinárias e variações cambiais que afectaram negativamente as contas.

O Santander comunicou nesta quarta-feira um lucro de 2,9 mil milhões de euros. Sem o impacto daqueles factores, o lucro teria sido de 3,3 mil milhões de euros, uma subida de 9% em relação ao primeiro semestre do ano passado. As receitas da actividade comercial aumentaram 3%.

Em Portugal, o Santander opera através do Santander Totta, que recentemente comprou as operações do Banif, por 150 milhões de euros. Segundo o comunicado, a actividade em Portugal contribuiu para 5% do lucro, tendo os créditos no mercado português aumentado 23%.

O país com maior peso nas contas semestrais do banco foi o Reino Unido, que representou 20% dos resultados líquidos. Muito perto está o Brasil (19%), seguindo-se a Espanha (15%).

O comunicado sublinha a depreciação face ao euro do real brasileiro, da libra (que teve uma grande queda no final de Junho, na sequência do resultado do referendo à permanência na EU), do peso mexicano e do zloty polaco.

Deutsche Bank afunda

As contas do alemão Deutsche Bank afundaram, abrindo caminho a um acelerar das reestruturações que a instituição tem em curso.

O banco, que também tem actividade em Portugal, comunicou nesta quarta-feira uma quebra de 20% nas receitas no segundo trimestre do ano, que totalizaram 7,4 mil milhões de euros. O lucro afundou 80%, para 20 milhões de euros (nos mesmos meses de 2015 tinha sido de 818 milhões).

“Embora os nossos resultados mostrem que estamos a passar por uma reestruturação sustentada, estamos satisfeitos com os progressos que estamos a fazer”, afirmou o presidente executivo do banco, John Cryan. “Temos de continuar a retirar risco do nosso balanço, a investir nos nossos processos e a modernizar a infraestrutura. Contudo, se o fraco contexto económico persistir, teremos de ser ainda mais ambiciosos no calendário e na intensidade da nossa reestruturação”.

No final do ano passado, o banco anunciou planos para despedir 35 mil pessoas.

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