Lucro da easyJet cai 28% para 575 milhões de euros em 2016

Resultado justificado pela desvalorização da libra, greves e atentados terroristas.

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AFP/DENIS CHARLET

O lucro da easyJet antes de impostos caiu 28% em 2016, ano fiscal que terminou em 30 de Setembro, para 575,7 milhões de euros, o que é justificado pela desvalorização da libra, as greves e atentados terroristas.

Em comunicado, a companhia aérea de baixo custo informa que fechou 2016 com um resultado antes de impostos de 575,5 milhões de euros (495 milhões de libras face a 686 milhões de libras em 2015).

A presidente executiva da easyJet, Carolyn McCall, afirmou que a transportadora teve "um desempenho resiliente em 2016, perante fortes desafios, que incluíram um conjunto de acontecimentos externos e turbulências cambiais", estimando um impacto no lucro antes de impostos de 174 milhões de euros (150 milhões de libras) e de 102 milhões de euros (88 milhões de libras), respectivamente.

Entre os factores externos que afectaram os resultados da easyJet estão as greves de controladores aéreos franceses, que obrigaram a cancelar inúmeros voos, e o ataque terrorista, seguido da tentativa de golpe de Estado na Turquia, que levou ao declínio do turismo neste mercado.

A isto acresce a volatilidade da libra em resultado da decisão tomada pelos britânicos em Junho de optarem pela saída do Reino Unido da União Europeia (´Brexit').

A receita total foi de 5.430 milhões de euros (4.669 milhões de libras), uma diminuição de 0,4%, e a receita por assento foi de 68 euros (58,46 libras), uma redução de 6,4%, reflectindo o impacto de factores externos.

O número de passageiros da easyJet aumentou 6,6% em 2016, atingindo um valor recorde de 73,1 milhões.

Em 2016, a easyJet registou também uma taxa de ocupação recorde de 91,6%, que compara com 91,5% em 2015, "o que reflecte o modelo de negócio resiliente e a capacidade de estimular a procura, mesmo em mercados desafiantes".

No mesmo período, a capacidade da companhia aérea cresceu 6,5%, atingindo os 80 milhões de assentos, com um reforço da posição nos principais mercados.

Carolyn McCall afirma que a easyJet continua "a identificar oportunidades a médio prazo para aumentar as receitas, os lucros e os retornos para os accionistas".

"No próximo ano, praticamente metade do nosso crescimento será no Reino Unido, com um crescimento significativo também na Suíça, em França e em Itália", acrescentou.

No mercado nacional, a easyJet tem como meta ultrapassar em 2016 os cinco milhões de passageiros transportados de e para Portugal, dos quais dois milhões em Lisboa e os 1,4 milhões no aeroporto do Porto.

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