A inflação homóloga acelerou para 1,6% em Fevereiro, impulsionada pelos preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta sexta-feira.

“A variação homóloga do IPC (Índice de Preços no Consumidor) passou de 1,3% em Janeiro para 1,6% em Fevereiro”, precisa o INE, uma subida que se deve “em parte, à aceleração dos preços da classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, que passou de 1,3% para 2,4%.

Os transportes também impulsionaram a evolução homóloga da inflação, área onde os preços subiram de 5,4% para 5,9%. “A classe com contribuição negativa mais relevante foi a do vestuário e calçado”, nota o INE.

“Comparando com o mês precedente, destaca-se o aumento da contribuição para a variação homóloga do IPC da classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, destacando-se o comportamento do sub-subgrupo dos refrigerantes em consequência da alteração da tributação das bebidas açucaradas, e da classe dos transportes. Em sentido contrário assinala-se a classe do vestuário e calçado”, detalha o instituto na nota divulgada nesta sexta-feira.

Na comparação mensal, os preços desceram, com o IPC a recuar para 0,2% (-0,6% no mês anterior).

“A classe com maior contributo negativo para a taxa de variação mensal do índice total foi a do vestuário e calçado, com uma variação mensal de -6,7% (-16,3% no mês anterior e -5,6% em Fevereiro de 2016)”, refere o INE, lembrando que isso é “consequência do período de saldos que se verifica habitualmente neste período”.

Já o maior contributo positivo veio dos Transportes, com uma variação mensal de 1,1% (1% no mês anterior e 0,6% em Fevereiro de 2016).

A variação média dos preços nos últimos 12 meses foi de 0,7%, valor idêntico ao registado em Janeiro.