Iberdrola adjudica contrato de 140 milhões para a barragem de Gouvães

A empresa austríaca Andritz Hydro vai construir o sistema electromecânico da maior das três barragens da Iberdrola no Tâmega.

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A Iberdrola é presidida por José Ignacio Sánchez Galán Reuters/Vincent West

A Iberdrola adjudicou à empresa austríaca Andritz Hydro um contrato de 140 milhões de euros para a construção e instalação de todos os equipamentos electromecânicos e da tubagem forçada da central hidroelétrica de Gouvães, a maior das três barragens que compõem o complexo hidroeléctrico do Alto Tâmega.

“Com este acordo, a Iberdrola continua com a fase de adjudicações naquele que vai ser um dos maiores projectos hidroeléctricos da história em Portugal e a iniciativa mais ambiciosa” que decorre actualmente neste sector, na Europa, lê-se num comunicado divulgado pela empresa espanhola.

O complexo do Alto Tâmega inclui três barragens: Gouvães, Alto Tâmega e Daivões. Os três empreendimentos vão representar uma capacidade instalada de 1158 megawatts (MW) e, segundo a Iberdrola, deverão entrar em funcionamento entre 2021 e 2023. Com uma altura de 30 metros e equipada com quatro turbinas reversíveis de 220 MW, a central de Gouvães terá uma potência instalada de 880 MW e uma produção estimada de 1468 gigawatts/hora anuais (GWh).

Estes três projectos (que serão capazes de produzir mais de 1760 GWh) foram analisados pelo Governo durante a reavaliação do Plano Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBHPE) no início do ano. Enquanto as três barragens da Iberdrola vão prosseguir, um outro projecto para o Tâmega, o da EDP, para o Fridão, foi suspenso por três anos, para futura reavaliação. Definitivamente suspenso ficou o projecto da Endesa para o Mondego: a barragem de Girabolhos.

A Iberdrola diz que “parte importante” do "investimento aproximado de 1560 milhões de euros" será destinada a projectos sociais e ambientais na zona. “Um dos pontos-chave” no processo de construção, “tanto para a Iberdrola, como para o Governo português”, é a criação de emprego local, frisa a nota de imprensa da eléctrica.

A expectativa da empresa espanhola é que durante as obras de construção se gerem 3500 empregos directos e dez mil empregos indirectos. Uma vez concluídos os três empreendimentos, a Iberdrola prevê criar equipas de operação e manutenção para cada um deles com trabalhadores locais.

 

 

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