Grupo CS esperar dobrar receitas com dez novos hotéis

O Grupo CS, detido pelo empresário Carlos Saraiva, vai abrir dez novos hotéis este ano, num investimento global de 439 milhões de euros. As unidades “poderiam ter aberto em 2009”, mas foi opção da empresa, que começou a operar no imobiliário, adiar para este ano a inauguração dos hotéis.

Em 2008, numa apresentação à imprensa o Grupo CS dizia querer ter 18 unidades a funcionar este ano, 14 novas. A previsão foi revista. Aos actuais seis hotéis que detém (a maioria no Algarve), juntam-se dez que devem abrir portas entre Abril e o último trimestre do ano.

Com os novos espaços, que incluem o primeiro hotel do grupo em Lisboa, Carlos Saraiva quer aumentar em 60 por cento as vendas. O ano passado o volume de negócios foi de 26 milhões de euros, e apesar da crise que afectou todo o sector, conseguiu obter “um ligeiro crescimento face a 2008”.

O turismo representa 90 por cento do Grupo CS, que tem um projecto global de investimento de 950 mil milhões de euros até 2013, cerca de 40 por cento fruto de capitais próprios. Para além da banca, a empresa tem financiamento “de um fundo inglês”. “Tudo o que ganhámos no imobiliário foi revertido para o turismo”, explicou Carlos Saraiva. Em 2008, o valor global dos investimentos no turismo estava estimado em 1,4 mil milhões de euros.

Novo Centro de Congressos em Lisboa

A empresa, sedeada no Algarve, espera ver concretizado em 2013 a abertura do Centro de Turismo e Negócios da Quinta Bensaúde, em Lisboa, que será instalado num terreno de 100 mil metros quadrados (representa 55 por cento da área incluída no Plano de Pormenor do Alto dos Moinhos, ainda por aprovar).

“A ambição é fazer o maior centro de congressos do país e transformar Lisboa num centro de destino de congressos de grande dimensão”, disse. No projecto estão incluídos um hotel com 350 quartos, apartamentos turísticos, e o centro de congressos com capacidade para receber “dez mil participantes em simultâneo”.

O projecto imobiliário que estava nos planos do grupo quando comprou o terreno há dez anos por 50 milhões de euros ficou posto de lado porque “já não fazia sentido”.

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