Ferreira do Amaral defende que contrato da Lusoponte com o Estado é "bastente equilibrado"

O ex-ministro das Obras Públicas Joaquim Ferreira do Amaral disse hoje que o contrato da Lusoponte é um contrato "bastante equilibrado" e que se não fosse de exclusividade representava um "grande risco" para qualquer empresa.

Em declarações à Rádio Renascença, Ferreira do Amaral acrescentou que tal como ele também os 10 ministros das Obras Públicas que lhe sucederam viram o contrato da Lusoponte como "bastante equilibrado", tanto mais que nunca lhe fizeram quaisquer alterações "muito profundas", limitando-se a alterá-lo em "pequenos pontos".

O nome de Ferreira do Amaral tem sido ligado às denúncias feitas recentemente pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, sobre casos de governantes que assinaram contratos de concessão e que mais tarde foram presidir a empresas com as quais tinham negociado.

Joaquim Ferreira do Amaral é o actual presidente do conselho de administração da Lusoponte, estando de momento a renegociar o contrato com o Estado (que ele próprio fez enquanto ministro) face a uma eventual terceira travessia no Tejo.

Ferreira do Amaral acrescentou que o contrato da Lusoponte foi realizado por concurso público lançado por decreto-lei, do qual fazia parte o regime de exclusividade e sem o qual representava um "grande risco para qualquer empresa".

"Se não houvesse o regime de exclusividade, penso que seria difícil a qualquer empresa realizar aquele contrato", frisou.

Sobre eventuais dúvidas éticas resultantes de estar a negociar um contrato que ele próprio assinou, Ferreira do Amaral negou quaisquer incompatibilidades, alegando estar numa situação "perfeitamente clara e transparente" uma vez que foi ministro há 12 anos.

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