Faria de Oliveira admite imagem “muito por baixo” da banca

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, reconheceu hoje que “a imagem do sistema bancário continua muito por baixo”, depois de uma reunião de hora e meia com deputados do Partido Socialista (PS).

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lm miguel manso

Faria de Oliveira resumiu assim, em pouco menos de um minuto, mais de uma hora e meia de reunião com deputados do grupo parlamentar do PS, que está a preparar um pacote legislativo para a banca.

O presidente da APB descreveu a reunião como uma “troca de impressões” sobre um “conjunto de iniciativas” para o reforço do sistema bancário e da confiança dos cidadãos na banca, abalada por uma série de “casos” que envolveram bancos nos últimos anos, como o BPN e BES.

Questionado sobre o tipo de medidas que poderiam ser adoptadas, Faria de Oliveira admitiu que o reforço da confiança dos cidadãos “é uma prioridade” para os próprios bancos, mas não adiantou mais pormenores.

“Não há dúvida que a imagem do sistema bancário continua muito por baixo. Os próprios bancos são os primeiros interessados em reforçar a sua relação de confiança com os clientes, criar um clima de verdadeira confiança com os clientes”, disse, sem adiantar as propostas defendidas na reunião com os deputados socialistas.

O sector bancário tem vivido anos conturbados, com o fim do Banco Espírito Santos (BES), em 2014, e a criação do Novo Banco, o banco de transição que ficou com os activos menos problemáticos do BES e que está em processo de venda.

Nos últimos cinco anos, a Assembleia da República já criou cinco comissões de inquérito, primeiro do Banco Português de Negócios (BPN), em 2012, depois, em 2015, a do Banif, do BES, a da Caixa Geral de Depósitos, em 2016, e, já este ano, vai ser uma aprovada uma segunda sobre a Caixa.

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