Exportações crescem 4% mas com as vendas a recuarem para fora da UE

Até Novembro, as venda de bens somam 46.208 milhões de euros. Importações de bens aumentam abaixo das exportações.

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As importações aumentaram 2% até Novembro Daniel Rocha

As exportações portuguesas cresceram 4% nos primeiros 11 meses do ano passado. Com as compras dos países de fora da Europa em queda, a União Europeia ganha ainda maior peso como mercado de destino das vendas de bens portugueses. Até Novembro, as exportações totalizaram 46.208 milhões de euros, aumentando 1802 milhões em relação ao mesmo período de 2014, mostram os números divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para os países da UE, o valor acumulado das exportações soma 33.686 milhões de euros, o que significa um crescimento de 6,8% face aos 11 primeiros meses do ano anterior.

Já para os países extracomunitários, as vendas de bens estão em queda pelo terceiro mês consecutivo e, feitas as contas aos 11 meses de 2015 para os quais há dados disponíveis, o recuo face a 2014 é de 2,6%. As exportações para os países de fora da UE totalizaram até Novembro 12.522 milhões de euros, menos 332 milhões de euros em relação ao período homólogo.

Para os países europeus vão 73% das vendas de bens portugueses, dado o peso de Espanha, França, Alemanha e Reino Unido como principais parceiros comerciais na Europa. O mercado extracomunitário está a penalizar o desempenho das exportações, o caso de Angola, o segundo mercado fora da Europa, depois dos Estados Unidos. Com o abrandamento da economia angola, as exportações portuguesas afundaram 33% para esta geografia nos 11 meses.

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Como as exportações para fora da UE voltaram a cair em Novembro, nesse mês foi determinante o crescimento das vendas para o mercado europeu em quase todos os grupos de produtos, “em especial nas máquinas e aparelhos”.

Ao todo, as exportações cresceram 4,5% no mês de Novembro em relação ao mesmo mês de 2014, mas diminuíram 4,8% em relação ao mês anterior, o que se deveu ao comércio para fora da UE, onde o recuo ficou próximo dos 12%.

A queda aconteceu sobretudo por causa do decréscimo nas vendas de combustíveis minerais, produtos agrícolas e matérias têxteis. Que produtos contribuíram para esta quebra? Gasolinas, gasóleo, carne de porco congelada, cordéis, cordas e cabos, segundo o INE.

Para os países da UE, as vendas em relação a Outubro também diminuíram 2,3%, mas mantiveram-se a crescer de forma expressiva – a um ritmo superior a 9% - comparando com o mês de Novembro do ano anterior. Para isso contribuiu sobretudo o comércio de máquinas e aparelhos, em especial, aparelhos de televisão, rádios dos automóveis e algumas componentes de câmaras de televisão.

Em 2015, as importações de bens continuam a crescer abaixo das exportações. O valor de bens comprados ao exterior totalizou 55.335 milhões de euros até Novembro, aumentando 2% em relação ao período homólogo.

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