Estado já formalizou autorização para aumento do capital da CGD

Banco público diz que na próxima semana decorrerão várias apresentações a investidores institucionais em Lisboa, Londres e Paris

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O processo de recapitalização da CGD, agora liderada por Paulo Macedo, continua a seguir o caminho negociado entre Lisboa e Bruxelas Rui Gaudencio
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Na próxima semana a CGD, liderada por Paulo Macedo e Rui Vilar, irá fazer uma série de apresentações aos potenciais investidores privados Rui Gaudencio

A Caixa Geral de Depósitos anunciou hoje que o Estado formalizou já a autorização para o aumento do capital social do banco no montante de 2,5 mil milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição informa que, "por deliberação social unânime por escrito de 17 de Março de 2017, o accionista único da CGD (Estado Português) decidiu proceder ao aumento do capital social da CGD no montante de 2.500.000.000 euros, mediante a emissão de 500.000.000 novas acções ordinárias de valor nominal de 5,00 cada euros".

Este aumento de capital será subscrito e realizado pelo referido accionista no dia da liquidação da emissão das obrigações subordinadas 'additional tier 1' no montante de 500 milhões de euros.

Num outro comunicado, o banco diz que na sequência do recente acordo da Comissão Europeia para a concretização da segunda fase do plano de recapitalização "terão lugar na próxima semana um conjunto de apresentações (roadshow) junto de investidores institucionais, em Lisboa, Londres e Paris".

Após o 'roadshow' será anunciada a emissão de 500 milhões de euros de valores mobiliários representativos de fundos próprios adicionais de nível 1 e registadas as ordens de compra dos investidores em processo de 'book building', que permitirá apurar o montante subscrito por cada um deles, refere a CGD.

"A emissão e liquidação financeira dos valores mobiliários por parte dos investidores ocorrerá na semana seguinte, coincidindo com a data de realização do aumento de capital em dinheiro no valor de 2,5 mil milhões de euros por parte do Estado", explica.

"Estas duas operações são interdependentes porquanto a não realização de uma delas implica que a outra não se realize", acrescenta.

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