EDP Renováveis pode avançar com parque eólico ao largo de Viana do Castelo

Governo aprovou a instalação da plataforma flutuante da EDP Renováveis depois de uma revisão aos custos do projecto, que tem tarifas subsidiadas e finaciamento público e comunitário.

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O Windfloat deverá estar licenciado até 18 de Dezembro Reuters

O Governo e a EDP Renováveis já chegaram a acordo para instalar o parque eólico flutuante ao largo de Viana do Castelo que chegou a ser rejeitado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) por sobrecarregar as tarifas dos consumidores.

Segundo o comunicado divulgado esta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros, foi aprovada uma resolução que “conclui os procedimentos de instalação” da plataforma marítima de produção de electricidade da EDP Renováveis, que lidera o consórcio do projecto Windfloat, em que também participam a Repsol, a Engie, a Mitsubishi e a Chiyoda.

Depois de uma fase piloto iniciada em 2011 (com um protótipo de dois megawatts na Póvoa do Varzim), em que foi testada a tecnologia flutuante desenvolvida pela PrinciplePower, o consórcio quer agora testar a viabilidade económica do projecto, arrancando com uma fase pré-comercial com a instalação de três turbinas de 8,3 MW cada.

O projecto chegou a estar incluído num dos planos de investimento na rede de transporte eléctrico da REN, mas foi chumbado pelo regulador devido aos custos de ligação à rede eléctrica que, numa primeira fase, ou seja, já em 2017, se estimava que chegassem aos 48 milhões de euros (reflectidos nas tarifas).

Graças a um trabalho de revisão de custos que incluiu a EDP Renováveis, mas também a ERSE, a REN e a Direcção-geral de Energia e Geologia (de acordo com a informação avançada ao PÚBLICO pela REN, em Maio), a escolha de opções técnicas alternativas permitiu reduzir o impacto que este projecto de eólicas offshore terá nas facturas dos consumidores de electricidade. Segundo informação recolhida pelo PÚBLICO, em causa está uma poupança de mais de 11 milhões de euros face ao custo inicial previsto.

Diz o comunicado do Conselho de Ministros, que o executivo vai criar “condições para assegurar” a ligação do parque eólico à rede eléctrica pública e o licenciamento do projecto “até 18 de Dezembro de 2016”.

Com um custo estimado de 115 milhões de euros, o projecto Windfloat conta com uma tarifa de produção subsidiada (100 euros por MW/hora), apoios de Bruxelas (30 milhões de euros) e do Estado português (19 milhões do Fundo Português de Carbono).

 

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