A economia dos EUA cresceu ao ritmo mais baixo dos últimos três anos, com o PIB a registar um crescimento de 0.7% o que contrasta com os 2.1% registados no trimestre anterior, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Comércio americano.

De entre os factores que estão na base deste abrandamento da economia, a Bloomberg destaca as fracas vendas automóveis e a redução das despesas dos consumidores o que contrariou o aumento do investimento em áreas como o imobiliário e a exploração de petróleo.

De acordo com os analistas ouvidos pela Bloomberg, esperava-se e era exigido um crescimento de pelo menos 1% do PIB americano. Mas a despesa dos consumidores, maior parcela da economia, cresceu apenas 0.3%, o resultado mais baixo desde 2009. Uma das explicações para estes dados poderá estar nas temperaturas altas registas nas últimas semanas que levou a uma diminuição da utilização de energia nas casas.

Apesar disso, os economistas não se mostram preocupados com estes resultados, isto porque o fraco crescimento era já esperado. Desde 2000 que os primeiros trimestres de cada ano registaram uma média de crescimento de 1% sendo que no resto do ano a percentagem situa-se nos 2%.

Também em termos políticos os dados apresentados esta sexta-feira não significam um revés de maior para o Presidente Donald Trump. Até porque, o seu objectivo de crescer entre 3% ou 4% ao ano foi sempre visto com algum cepticismo. Os analistas apontam para um crescimento de entre 2.2% e 2.3% ao ano até 2019, o que é já uma média superior ao registado durante a última década.