BCP e Montepio também aumentam comissões sobre cartões

Os bancos portugueses continuam a aumentar as anuidades das comissões de cartões de débito. Valores estão mais altos que nunca.

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Fabio Augusto

Os valores das comissões pagas pelos clientes de instituições bancárias continuam a aumentar. Depois de o Novo Banco, a CGD e Santander, é agora a vez de BCP e Montepio aumentarem a anuidade dos cartões bancários, avança o Jornal de Negócios esta quarta-feira.

Esta vaga de agravamentos coloca o preço das anuidades mais alto que nunca. De acordo com os números citados pelo jornal, ter um cartão de débito custa, em média, 17 euros (mais 4% que há três meses). E a perspectiva é que continue a aumentar.

Os novos aumentos traduzem-se em mais um euro nas anuidades dos cartões de débito do BCP a partir de Maio. De acordo com as alterações anunciadas, os clientes do banco passam a pagar 18 euros por um cartão de débito (18,72 com o imposto de selo). Já os clientes do Montepio já começaram a sentir a subida, que entrou em vigor na última semana, mais acentuada que a do BCP.

Ter um cartão de débito no Montepio custa agora 16,64 (com imposto de selo), quando anteriormente não ultrapassava os 12,48 euros, detalha o mesmo jornal. Além disso, o banco prevê ainda alterações nas comissões de manutenção de conta e custos associados a caderneta e operações de bolsa.

Por exemplo, clientes com saldos médios entre os três mil e os cinco mil euros, que até agora pagavam 3,5 euros, passam a pagar cinco euros de comissão mensal. Contas feitas, estes clientes sofrem um agravamento anual de 18 euros. Já os clientes com mais de cinco mil euros na conta estão livres deste agravamento.

Apesar destas alterações, a maioria dos portugueses não sabe quanto paga no total. Por causa disso, em Janeiro de 2016 os bancos passaram a ser obrigados por lei a enviar uma factura-recibo anual com todas as comissões bancárias pagas no ano anterior a partir da conta de depósito à ordem, mas a maioria dos bancos não cumpriu essa exigência, concluiu uma inspecção específica do Banco de Portugal (BdP), em Outubro de 2016.

À data, o PÚBLICO apurou ainda que algumas instituições estão a enviar a informação com atraso de vários meses e de forma parcial, incluindo apenas comissões de operações da conta à ordem e omitindo comissões retiradas da conta à ordem relativas a cartões de débito e crédito e outras.

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