Desemprego registado cai para níveis de 2009

Número de inscritos nos centros de emprego em Abril era de 450.961 pessoas, uma redução homóloga de 19,9%.

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É preciso recuar a Janeiro de 2009 para encontrar menos desempregados registados ADRIANO MIRANDA

O desemprego registado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) registou uma queda homóloga de 19,9% em Abril, estando agora no nível mais baixo desde Janeiro de 2009. No final do mês, havia 450.961 pessoas inscritas nos centros de emprego.

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, o desemprego registado recuou mais de 100 mil pessoas, ou seja 19,9%, em relação ao período homólogo, enquanto na comparação com o mês de Março havia menos 20.500 inscritos, o que se traduz numa redução de 4,4%.

O IEFP nota que para a diminuição homóloga do número de inscritos contribuíram todos os grupos, com destaque para os homens (21,6%),os adultos com 25 ou mais anos (menos 18,7%), os inscritos há menos de um ano (menos 22,9%), os que procuravam novo emprego (menos 19,5%) e os que concluíram o ensino secundário (menos 19,0%).

O número de jovens inscritos ficou nos 50.695, o que representa uma redução homóloga de 28,4% (menos 20 mil jovens) e uma redução mensal de 8,3%. No final de Abril, havia 223.700 de desempregados de longa duração inscritos há 12 ou mais meses nos ficheiros, diminuindo 16,6% em relação ao mês homólogo e 1,9% em termos mensais.

Quando se olha para as várias regiões, a redução do desemprego face a 2016 ocorreu em todo o país, “destacando-se o Algarve e o Centro, com as descidas percentuais mais acentuadas, respectivamente de menos 27,9% e menos 22,2%”, lê-se na nota agora divulgada.

Os dados agora divulgados mostram que a evolução ao logo do mês – que dá uma imagem mais precisa do que se está a passar no mercado de trabalho, também melhoraram. Em Abril, inscreveram-se nos serviços de emprego 37.706 desempregados, um decréscimo de 24,8% face a 2016 e de 25,8% em relação a Março.

Já as ofertas de emprego recebidas ao longo de Abril totalizaram 10.977, número inferior ao do mês homólogo (menos 23,%) e ao do mês anterior (menos 30,9%). As actividades com maior expressão foram a área do imobiliário e serviços de apoios, o alojamento e restauração e, finalmente, o comércio por grosso e a retalho.

As colocações realizadas não foram além das 7819, o que representa uma diminuição de 23,3% em relação a 2016 e de 14,8% face ao mês anterior.

Os dados do IEFP dizem respeito ao número de pessoas que se inscrevem nos centros de emprego e não podem ser confundidos com os divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que se baseiam num inquérito. De todas as formas, tanto num caso com no outro, a tendência é de diminuição.

Os dados mais recentes do INE, relativos ao primeiro trimestre do ano, dão conta de uma taxa de desemprego de 10,1%, a mais baixa dos últimos sete anos. Já os dados mensais do INE (sujeitos a outra metodologia) apontam para uma taxa inferior a 10%.

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