Défice da balança comercial agrava-se em 446 milhões no mês de Julho

No sétimo mês do ano, em pleno Verão, as exportações portuguesas aumentaram, mas não o suficiente para suavizar a aceleração das importações, sobretudo de combustível

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PAULO PIMENTA

As importações aumentaram 12,8% em Julho e as exportações 4,6% no mesmo mês, por comparação com o sétimo mês de 2016, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), agravando-se o défice da balança comercial.

De acordo com o gabinete oficial de estatística, no caso das importações, os aumentos ocorreram em “todas as categorias económicas” em Julho passado, “destacando-se claramente”, sublinha o INE, “o crescimento dos combustíveis e lubrificantes”, que registaram uma progressão homóloga de 45,8%, para 629 milhões de euros.

Quanto às exportações evidenciam-se os aumentos, em relação ao mesmo mês de 2016, nos fornecimentos industriais (mais 8,1%) e nas máquinas e outros bens de capital (mais 18,6%).

Em resumo, o défice da balança comercial de bens situou-se em 1057 milhões de euros em Julho deste ano, “o que representa um aumento de 446 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016”, escreve o INE no relatório divulgado. 

“Excluindo os combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 625 milhões de euros, correspondente a um acréscimo de 219 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2016”, observa o INE. As exportações aumentaram 5,1% e as importações melhoraram 9,4%, neste caso. 

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