Os clientes do Deutsche Bank (DB) estão a ser surpreendidos com um aumento exponencial dos custos associados à conta à ordem. Em menos de seis meses, a instituição, que não cobrava nada, passou a cobrar quatro euros, mas está a comunicar aos clientes com crédito que esse valor vai passar para 10 euros. Os clientes de investimento, que também não pagavam nada, passam a pagar 7 euros pela referida conta.

O PÚBLICO recebeu algumas queixas de clientes do DB, pelo valor da comissão, e por acharem que estão a ser chamados a pagar a má gestão da casa-mãe, designadamente a multa de 12,5 mil milhões de euros  que está a tentar renegociar com as autoridades norte-americanas. Um funcionário do banco também confirmou ao PÚBLICO que são muitos os clientes que têm protestado em relação a este aumento.

Fonte oficial da instituição confirmou os aumentos, mas garantiu que os novos valores “estão em linha com a prática do mercado, e, em algumas situações até abaixo”.

Destaca ainda que “na comissão de 10 euros está incluída a comissão de processamento do crédito à habitação, que na maioria dos bancos está separada, e os clientes de  investimento tem acesso a vários produtos, que noutros concorrentes também são pagos separadamente”.

Apesar da possibilidade dada pelo DB, e pelos bancos em geral quando aumentam os preçários, os clientes com crédito à habitação queixam-se de não poder sair do banco, porque não conseguem transferir os empréstimos à habitação para outras instituições sem custos e com as taxas que têm actualmente consideram-se, assim, à mercê do banco.

A subida e criação de comissões está a ser uma prática em todos os bancos, e a legislação nacional não prevê qualquer limite a esta ofensiva, que está a ser utilizada  como forma de compensar a reduzida rentabilidade dos contratos de crédito e a diminuição de outras operações financeiras. As comissões bancárias representam aproximadamente 40% das receitas dos bancos.