Foram detectados dejectos humanos em latas de Coca-Cola numa fábrica da marca na Irlanda do Norte, avançam esta terça-feira os meios de comunicação social britânicos. Os responsáveis pela fábrica admitem que o carregamento tenha chegado à ilha vindo da Alemanha, mas ainda estão a apurar todos os factos em conjunto com as autoridades locais, que foram alertados pela própria Coca-Cola.

O Belfast Telegraph (BT) escreve que os trabalhadores se deram conta de um problema quando as latas em causa interromperam o normal funcionamento das máquinas da linha de montagem. Verificando as latas, encontraram fezes no seu interior. “Foi absolutamente horrível, e as máquinas tiverem de ser desligadas durantes 15 horas para serem limpas”, disse fonte da fábrica citada pelo jornal irlandês.

A mesma pessoa explicou ao BT que aquela fábrica recebe latas vazias para as encher com a bebida. Os refrigerantes saem dali para as lojas da Irlanda do Norte. “Normalmente, as latas vêm de qualquer lado no Reino Unido, mas desta vez, aparentemente, vieram da Alemanha”, disse.

Citado nos media britânicos, um porta-voz da Polícia da Irlanda do Norte (PSNI, na sigla inglesa) disse: “Os detectives estão a investigar um incidente em instalações comerciais na área de Lisburn, depois de relatos de que encomendas que chegaram ao local estavam contaminadas. A investigação está numa fase inicial e não há mais detalhes disponíveis nesta altura”.

Mas como é que dejectos humanos chegaram às latas? Na fábrica, os trabalhadores ensaiam uma hipótese não confirmada por nenhuma fonte oficial: “O rumor é que uns pobres imigrantes podem ter feito a viagem no camião [com a encomenda] e que numa altura de desespero foram forçados a usar as latas em vez da retrete”, afirmou a mesma pessoa ligada à fábrica com que o BT conversou. “É muito chocante. Mas mais chocante do que encontrar algo nojento nas latas é o pensamento de que pobres pessoas podiam estar envolvidas nessa situação”.

Ao mesmo jornal, a multinacional fez chegar um comunicado em que dizia: “A Coca-Cola leva muito a sério a segurança e a qualidade dos nossos produtos”. “Estamos a tratar deste assunto com muita atenção e a fazer uma investigação profunda juntamente com a PSNI”, lê-se na nota, que a empresa aproveita para sublinhar que o caso é um “incidente isolado” e que “não afecta os produtos que estão actualmente à venda”.