China impõe férias obrigatórias antes do G20

Município de Hangzhou ordenou o encerramento para férias dos estabelecimentos da baixa da cidade antes da cimeira, e algumas fábricas de Hangzhou foram obrigadas a encerrar durante 12 dias.

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Grupo que reúne as 20 maiores potências económicas vai encontrar nos dias 4 e 5 de Setembro, na China. REUTERS/Aly Song

As autoridades chinesas encerraram fábricas e ordenaram férias obrigatórias para os trabalhadores antes da realização, a 4 e 5 de Setembro, de uma cimeira de líderes do G20, o grupo que reúne 20 potências económicas, na China.

O município de Hangzhou ordenou o encerramento para férias dos estabelecimentos da baixa da cidade de 1 a 7 de Setembro, de acordo com informação veiculada numa conta oficial nas redes sociais.
As autarquias encorajaram também os cidadãos a gozarem as suas férias fora da cidade, na esperança de reduzir o congestionamento do trânsito. A cidade passou meses a preparar-se para a cimeira e sofreu uma profunda remodelação, numa tentativa de tornar a circulação mais eficiente.

Juntamente com as férias compulsivas, alguns tipos de fábricas num raio de 300 quilómetros de Hangzhou foram obrigadas a encerrar durante 12 dias, para garantir que o céu estará azul durante a presença dos dignitários visitantes, de acordo com páginas oficiais na Internet. A ordem abrange as unidades de produção de químicos, materiais de construção e manufactura de têxteis que se estendem de Xangai a outras quatro províncias.

A China dá frequentemente ordens de encerramento generalizado das fábricas para limpar os céus cronicamente poluídos da maioria das principais cidades. A última vez que tal aconteceu foi no ano passado, por ocasião de uma grande parada militar para assinalar o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. A atmosfera limpa foi baptizada como "azul parada" pelos cidadãos chineses, fazendo eco do "azul APEC" que puderam apreciar em 2014, antes da cimeira do grupo de Cooperação Económica Ásia-Pacífico em Pequim. Na altura, comentadores online desvalorizaram a tonalidade de azul, classificando-a como "algo que é belo mas fugaz e, em última análise, artificial".

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