CGD já tem quatro novos administradores não executivos em funções

O novo Conselho de Administração da CGD, presidido por Rui Vilar, terá pelo menos oito elementos não executivos, sendo que dois serão estrangeiros e três serão mulheres, tal como o PÚBLICO havia noticiado.

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Ana Fernandes será administradora não executiva da CGD depois de ter passado pela EDP RG RUI GAUDENCIO - PUBLICO
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João Amaral Tomaz (à direita) chega à CGD depois de ter sido secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e administrador do Banco de Portugal RUI GAUDENCIO / PUBLICO
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Maria dos Anjos Capote passa da CMVM para a CGD ca claudia andrade

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) já tem em funções novo quatro administradores não executivos, anunciou nesta terça-feira o Ministério das Finanças, confirmando assim uma notícia do PÚBLICO do passado dia 3 de Fevereiro. Ana Fernandes, Maria dos Anjos Capote, João Amaral Tomaz e José Azevedo Rodrigues "iniciaram funções" no seguimento do processo de avaliação da idoneidade junto das autoridades de supervisão, refere o comunicado das Finanças.

Segundo o mesmo comunicado, as Finanças relembram que a Comissão Europeia decidiu em Março que a recapitalização da CGD será feita em condições de mercado, ou seja, "não constituindo um novo auxílio de Estado" e como tal, "para a concretização da segunda fase do plano de recapitalização, o Estado Português, na qualidade de accionista único, determinou o aumento do capital social da CGD, no montante de 2500 milhões de euros".

As Finanças recordam ainda que a CGD irá realizar uma emissão de obrigações de 500 milhões de euros, "estando por isso a promover um conjunto de apresentações (roadshow) junto de investidores institucionais".

O novo Conselho de Administração da CGD, presidido por Rui Vilar, terá pelo menos oito elementos não executivos, sendo que dois serão estrangeiros e três serão mulheres, tal como o PÚBLICO havia noticiado.

Maria dos Anjos Capote integra agora a CGD, recrutada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Ana Maria Fernandes trabalhava na EDP Brasil, José Azevedo Rodrigues é antigo bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (ROC) e João Amaral Thomaz foi administrador do Banco de Portugal (BdP) e secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do primeiro Governo de José Sócrates.

A este grupo de não executivos deverão juntar-se mais três gestores, ainda em avaliação pela supervisão de Frankfurt: o jurista Alberto Souto, reformado do Banco Europeu de Investimento, e dois estrangeiros, sendo que um, tudo indica, é mulher e de nacionalidade espanhola.

Desde a renúncia de António Domingues, que a 31 de Dezembro saiu da CGD, que Rui Vilar, (ex-presidente da CGD entre 1989 e 1995) tem estado a liderar o processo da mudança de gestão que culminou, a 1 de Fevereiro, com a entrada de Paulo Macedo.

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