CDS-PP e BE consideram insuficientes medidas de apoio do Governo

CDS-PP e BE consideraram hoje necessárias mas insuficientes as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar os criadores de gado cujas pastagens foram afectadas pelos incêndios florestais.

Em declarações à agência Lusa, o deputado do CDS-PP Abel Batista considerou que as medidas anunciadas pelo ministro da Agricultura, António Serrano, “eram o mínimo dos mínimos e são necessárias, mas estão muito longe de serem suficientes”.

“À boa maneira dos agricultores, eu diria que estas medidas são muita parra e pouca uva”, declarou Abel Batista, que criticou António Serrano por “não se comprometer com prazos” nem ter previsto apoios para “os que perderam os seus animais nos fogos”.

“Lamento que o senhor ministro não se tenha comprometido com prazos, como não tenha referido qualquer apoio para os que perderam os seus animais nos fogos, para aquelas pessoas que perderam casas e currais, para a rotura de infra-estruturas e para as pessoas que perderam maquinaria e equipamento”.

Abel Batista defendeu uma política de “apoios e incentivos à dinamização do mercado de terras” para “encontrar soluções que não sejam penalizadoras” para as pessoas que quiserem vender ou comprar terras.

No mesmo sentido, o deputado do BE Pedro Soares, presidente da comissão parlamentar de Agricultura, considerou que os apoios anunciados “são insuficientes”.

Pedro Soares alertou que a verba destinada ao gado ovino ou caprino, 40 euros por animal, dará apenas para quatro meses de alimentação.

O deputado, citado em comunicado pela organização do BE do distrito de Braga, defendeu que o Governo deveria recorrer ao PRODER (fundos comunitários para o desenvolvimento rural) para “apoiar a recuperação de equipamentos, pontos de água, instalações de apoio, entre outras acções necessárias à actividade”.

O ministro da Agricultura anunciou hoje que o Governo vai atribuir 40 euros por ovino ou caprino ou 100 euros por bovino aos criadores de gado de 150 freguesias cujas pastagens foram afectadas pelos incêndios.

Para além da linha de apoio de emergência, existem outros apoios ao sector, quer para reposição de alfaias ou maquinaria atingida pelas chamas, quer para povoamento ou repovoamento florestal, disse o ministro.

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