Cartas ao director e PÚBLICO ERROU

Impasse no sector eléctrico 

A União Europeia pretende eliminar a ordem de prioridade de entrada na rede das energias renováveis, o que significa que passarão a concorrer em mercado aberto, com as tradicionais centrais termoeléctricas. Naturalmente, com o aumento do número de produtores em competição, o preço da electricidade deverá reduzir-se de forma substancial, beneficiando os consumidores e a economia.

Como é mais do que óbvio, a tecnologia associada às energias renováveis, como a eólica, já se encontra numa fase suficientemente madura para puder competir em “pé de igualdade” com as restantes fontes de produção. No entanto, dado o baixíssimo custo marginal das eólicas é possível que o preço atinja valores extremamente reduzidos, colocando em causa o próprio interesse dos produtores em colocar a energia na rede, a menos que sejam garantidas contrapartidas financeiras, nomeadamente sob a forma de subsídios.

Por outro lado, não existirão incentivos para a manutenção das tradicionais centrais termoeléctricas, que mesmos beneficiando de pagamentos de garantia de disponibilidade, poderão, perspectivando o crescimento renovável, optar por sair do mercado, em virtude dos acordos para a redução das emissões de dióxido de carbono. Situação já sinalizada, por várias grandes companhias europeias, ao isolarem os seus activos não renováveis, em veículos financeiros autónomos, prontos para desaparecer.

A médio prazo poderão surgir problemas do lado da oferta com eventuais danos para a economia, exigindo que a transposição da directiva comunitária seja paulatina assegurando que o mercado se mantém atractivo para todos os seus intervenientes.

João António do Poço Ramos, Póvoa de Varzim

Vencimento e taxas

Veio a público que o presidente executivo da EDP, António Mexia, aufere  5.578 euros por dia.  Independentemente do valor profissional deste ex-político, num país de dificuldades financeiras, admite-se este vencimento?.

Mensalmente recebo a factura da EDP,  (este mês de 99,67 euros) e, achando exagerado, telefonicamente disseram-me que era do consumo de electricidade, serviços, taxas e Impostos.

Tomaz Cardoso Albuquerque, Lisboa

 

Dança de nomes nas autárquicas

Vai aumentar o não envolvimento das comissões políticas concelhias na escolha dos candidatos aos órgãos autárquicos. Lisboa e Matosinhos são exemplos. Um candidato pode ser aprovado pela concelhia e distrital mas chumbar no órgão dirigente nacional. Afinal, muitos dos escolhidos não são candidatos de base. A mão que vota é soberana.

Contudo, o calcanhar de Aquiles pesa em muitas escolhas. Se na capital Passos Coelho personifica o quero, posso e mando ao lançar Teresa Leal Coelho, em Matosinhos a confusão nas hostes do Partido Socialista faz lembrar “Onde está o Wally?”

Ademar Costa, Póvoa de Varzim.

 

PÚBLICO ERROU

Na página 23 da edição de ontem está escrito que o novo terminal de cruzeiros de Alcântara ficará pronto em Maio. O novo terminal é em Santa Apolónia.

 

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