Carlos Ghosn vai liderar Mitsubishi

Gestor brasileiro vai acumular liderança da marca japonesa com a da Renault-Nissan.

Foto
Carlos Ghosn Reuters/ISSEI KATO

O brasileiro Carlos Ghosn, actualmente à frente da Renault-Nissan, vai ser o novo presidente da Mitsubishi Motors, anunciou nesta quinta-feira a empresa.

A Nissan, segundo maior fabricante automóvel do Japão, vai comprar um terço da sua rival, a Mitsubishi.

Carlos Ghosn vai assim passar a liderar três grandes fabricantes automóveis, incluindo a francesa Renault, que tem uma grande participação na Nissan.

A nomeação do brasileiro, de 62 anos, está ainda sujeita a uma aprovação dos accionistas da Mitsubishi em Dezembro.

Perante as críticas de que está a concentrar demasiado poder em si próprio, Ghosn nomeou o seu número dois e director de competitividade, Hiroto Saikawa, para o cargo de co-presidente e director-geral da Nissan.

Ainda para tentar rebater a ideia que está a centralizar a liderança de três marcas, Ghosn sublinhou que o conselho de administração “está encarregue da governação e não da direcção operacional da empresa".

O actual presidente da Mitsubishi Motors, Osamu Masuko, ficará com o cargo de presidente-executivo “para ajudar à transformação da empresa”, envolvida num escândalo de falsificação de emissões.

A entrada da Nissan no capital da Mitsubishi vai custar 237 mil milhões de ienes (2100 milhões de euros), o que lhe permite tornar-se o maior accionista da empresa. Estima-se que esta associação permita uma poupança de 25 mil milhões de ienes (220 milhões de euros) no exercício de 2017-18, especialmente na partilha de fábricas, plataformas, investigação e desenvolvimento”.

A união entre a Nissan, Mitsubishi e Renault, uma aliança que integra ainda a russa Avtovaz, representa vendas anuais de dez milhões de veículos, um valor que se aproxima dos líderes mundiais Toyota, Volkswagen e General Motors.

Sugerir correcção
Comentar