Carlos Costa assume pelouro da supervisão prudencial no Banco de Portugal

Cargo foi deixado vago com a saída de António Varela no início deste mês, esperando-se ainda a designação de um substituto.

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O Governador do Banco de Portugal esteve ontem reunido com o Presidente da República Miguel Manso

Será o próprio governador do Banco de Portugal que, pelo menos por agora, irá assumir o lugar recentemente deixado vago por António Varela à frente do pelouro de supervisão prudencial do sistema financeiro português.

De acordo com a deliberação do banco central que define qual a delegação de competências do conselho de administração – e que foi publicada esta segunda-feira em Diário da República – é Carlos Costa que passa a ter a seu cargo o pelouro relativo ao departamento de supervisão prudencial, aquele que tem como missão assegurar, em coordenação com as autoridades europeias, a estabilidade do sector financeiro.

No início deste mês, o administrador  que detinha este pelouro, António Varela, abandonou o cargo, afirmando "não se identificar com a política e a gestão do Banco de Portugal".

Espera-se que a atribuição deste pelouro tenha apenas carácter temporário. O Governo deverá designar, sob escolha do governador do Banco de Portugal, o novo membro do Conselho de Administrador que ficará com estas competências e que ocupará o lugar de Portugal entretanto deixado vago no Conselho de Supervisão do Mecanismo Único de Supervisão, a entidade à escala europeia que vigia directamente as principais instituições financeiras nacionais.

Na deliberação do Diário da República, fica ainda estabelecido que são delegados no governador, enquanto responsável pelo departamento de supervisão prudencial, vários poderes, como o de determinar a realização de inspecções e averiguações e solicitar elementos de informação às entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal.

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