Bundesbank diz que economia alemã vai crescer de forma robusta

Consumo privado vai ser o motor da maior economia europeia em 2016.

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Jens Weidmann é o presidente do banco central alemão REUTERS/Kai Pfaffenbach

A economia alemã vai crescer este ano de forma robusta, graças ao consumo privado, apesar do ligeiro abrandamento no segundo trimestre do ano, avançou esta segunda-feira o Bundesbank.

O banco central alemão referiu que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,4% no segundo trimestre, depois de ter registado um crescimento de 0,7% nos primeiros três meses do ano e garantiu que o abrandamento verificado “não é motivo para alarme”, porque os principais indicadores “são sólidos”.

A maior economia da Europa “poderá crescer no Verão em sintonia com a forte tendência económica de fundo”, diz o Bundesbank.
O banco central considera, após analisar o indicador do clima económico na indústria da Alemanha, que o consumo privado vai continuar a contribuir fortemente para o crescimento.

No entanto, não deixa de dizer que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) germânico irá ser também ajudado pelo sector externo, que crescerá de “forma sólida”.

Proposta sobre reforma chumbada
O banco central alemão também fez saber que propôs um aumento gradual da idade da reforma na Alemanha, passando dos atuais 67 anos para os 69 anos em 2060, mas o Governo já veio recusar essa hipótese.

No seu boletim mensal, o Bundesbank defende que “uma vida laboral mais prolongada não deve converter-se num assunto tabu” e que são “inevitáveis novos ajustes”.

O supervisor financeiro alerta para o facto de o actual sistema, que foi adoptado na primeira legislatura da chanceler Angela Merkel (2005/2009), não ser sustentável, tendo em conta o aumento da esperança média de vida e a diminuição da taxa de natalidade.

Por isso, defende que a única saída é um aumento gradual da idade da reforma, de maneira a que, dentro de 44 anos, a aposentação passe a ser atribuída apenas a quem tem 69 anos.

No entanto, o Governo alemão descartou a opção proposta pelo Bundesbank: “O Governo federal mantém-se firme na reforma com 67 anos", disse esta segunda-feira o porta-voz do executivo, Steffen Seibert, citado pela agência EFE.

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