Bancos emprestaram mais dinheiro em Dezembro mas acumulado diminuiu

Crédito malparado caiu para o valor mais baixo desde 2012 e taxas de juro está em mínimos históricos.

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Empréstimosàs famílias voltaram estão a aumentar. Foto: Rui Gaudêncio

Os empréstimos concedidos pelo sector bancário a famílias e empresas aumentou em Dezembro, mas o acumulado mostra novo decréscimo pelo quinto ano consecutivo, revelam dados do Banco de Portuga (BdP), divulgados esta quarta-feira.

“Em 2015, o crédito interno concedido pelo sector bancário decresceu pelo quinto ano consecutivo, totalizando 307,6 mil milhões de euros, menos 2,8 mil milhões de euros que em 2014”, revelam os dados do BdP.

Em Dezembro, os empréstimos a particulares e empresas totalizaram 4,6 mil milhões de euros, com crescimentos nos dois segmentos.

Aos particulares e para habitação foram emprestados 469 milhões de euros, mais que os 413 milhões de euros, e o valor mensal mais elevado desde 2011. Apesar do crescimento no último ano, o stock destes empréstimos diminuiu quatro mil milhões de euros, em boa parte devido a aceleração de amortização de capital, gerada pela queda das taxas Euribor.

No crédito ao consumo foram emprestados 316 milhões de euros, acima dos 282 milhões do mês anterior, e para outos fins ascenderam a 193 milhões de euros.

Às empresas, as instituições financeiras concederam um total de 3697 milhões de euros, com maior crescimento nas operações acima de mil milhões de euros (1970 milhões de euros, acima dos 1036 milhões de euros concedidos em de Novembro).

Em 2015, as taxas de juro de novas operações de empréstimos e dos empréstimos diminuíram. A redução foi mais expressiva nos novos empréstimos concedidos às empresas, cuja taxa média se fixou, em Dezembro em 2,98 por cento, menos 111 pontos base do que no período homólogo, e que representa um mínimo histórico

A taxa de juro dos novos empréstimos concedidos a particulares situou-se em 4,37 por cento, menos 92 pontos base do que em Dezembro de 2014.

A redução da taxa de juro foi transversal aos segmentos habitação, consumo e outros fins, sendo mais expressiva nos dois primeiros.

Os depósitos totalizaram 223 mil milhões de euros, menos 1,4 mil milhões de euros do que em 2014, com um aumento dos depósitos do sector privado não financeiro em 1,2 mil milhões de euros, em resultado do acréscimo dos depósitos de particulares.

No final de Dezembro, o montante de depósitos de particulares junto dos bancos residentes ascendia a 137,8 mil milhões de euros.

As remunerações dos novos depósitos diminuiu, fixaram-se em Dezembro em 0,39% nos particulares e 0,50 % das empresas, valores mínimos históricos.

O saldo do crédito malparado das famílias caiu. No final do ano passado, o crédito de cobrança duvidosa ascendia a 4995 milhões de euros de créditos vencidos concedidos aos particulares, o montante mais baixo desde 2012.

Na habitação, ascendia a 2480 milhões de euros, no consumo a 1144 milhões de euros e para outros fins a 1371 milhões de euros.

O malparado das empresas ascendeu a 12.601 milhões de euros, em ligeira subida face ao valor final de 29014.

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