Aumenta pressão sobre gigantes digitais

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© Jason Lee / Reuters

Não é só na Europa que está a aumentar a atenção dos reguladores sobre as gigantes digitais. Nos Estados Unidos há agora um sentimento de crítica às tecnológicas que extravasa as tradicionais fronteiras partidárias e visa limitar o seu contínuo crescimento.

Um caso judicial da Yelp contra a Google por abuso de posição dominante dá o tom ao grupo bipartidário que se prepara para exigir a separação da empresa em várias entidades independentes.

No caso do Facebook há já uma convicção dominante acerca do seu papel na difusão de notícias falsas que terão desequilibrado a balança eleitoral e posto em causa a independência do país, graças à interferência russa.

E no que toca à Amazon, o controlo do retalho digital (onde domina 43% do mercado) está a fazer surgir uma onda regulatória que visa quebrar a ameaça de monopólio que já se sentiu em áreas de negócio como os livros e a distribuição televisiva.

Este é um cenário com semelhanças ao que se passou com as empresas petrolíferas, que durante décadas foram tratadas como as vedetas da economia americana mas depois tiveram de se sujeitar a regulamentos bastante exigentes. Com estes problemas na Europa e nos EUA, resta aos gigantes da tecnologia um último mercado para crescer: a China. Mas isso iria implicar cedências, nomeadamente nas questões da privacidade, que têm impedido maior penetração no promissor mercado.

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