AT&T anuncia acordo para compra Time Warner por 85 mil milhões de dólares

Dimensão do negócio chega à campanha para as presidenciais norte-americanas.

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Reuters/ERIC THAYER

O gigante norte-americano das telecomunicações AT&T confirmou oficialmente ter chegado a acordo para a compra da Time Warner, proprietária das cadeias de televisão CNN e HBO, e dos estúdios de cinema Warner Bros., por 85 mil milhões de dólares, cerca de 78 mil milhões de euros

A aquisição, que foi aprovada pelos sem reservas pelas administrações dos dois grupos, avalia cada acção da Time Warner em 107.50 dólares. O pagamento será realizado em  dinheiro (50%) e o restante com a entrega de acções da AT&T.

Em comunicado, divulgado este sábado, a AT&T confirmou o acordo para a megafusão, que já tinha sido antecipada por alguns jornais, nomeadamente pelo Wall Street Journal.

Fonte bancária próxima do processo disse à AFP que o acordo de fusão entre as duas empresas deverá mudar totalmente o cenário dos media norte-americanos.

A fusão terá de ser examinada pelas autoridades da concorrência norte-americanas, porque a nova entidade valerá mais de 300 mil milhões de euros em bolsa, com as actividades a percorrer as telecomunicações, media, cabo e Internet.

A AT&T, fornecedora de acesso a canais pagos e um dos grandes operadores de telecomunicações americanos, estava avaliada em 230,6 mil milhões de dólares na sexta-feira à noite pela bolsa de Nova Iorque, enquanto a Time Warner valia 69,9 mil milhões de dólares.

Esta é a maior fusão entre um fornecedor de acesso a canais pagos e um fornecedor de conteúdos desde a compra, em 2011, da NBC Universal pela Comcast. Recorde-se que a Apple também esteve interessada nesta aquisição.

Ainda não era conhecida o acordo de aquisição e Donald Trump, o candidato do Partido Republicado às eleições de 8 de Novembro nos EUA, declarou, este sábado, que se for eleito não aprovará a compra da Time Warner pela empresa de telecomunicações AT&T. Hillary Clinton, a candidata democrata, ainda não comentou abertamente o negócio, mas o o candidato democrata a vice-presidente Tim Kaine admitiu que a operação pode levantar dúvidas em matéria de concorrência.

Assumindo-se com um defensor da concorrência, Kaine declarou que “menor concentração é geralmente útil, especialmente nos meios de comunicação".

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