Assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio adiada

O adiamento da assembleia dos associados já era previsível. Reunião está marcada para 9 de Maio, pelas 21 horas, no Coliseu de Lisboa

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A associação mutualista liderada por Tomás Correia tem nova AG marcada para início de Maio LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A assembleia-geral extraordinária da Associação Mutualista Montepio Geral, marcada para hoje para decidir sobre a passagem do banco Montepio a sociedade anónima, não se vai realizar por falta de quórum suficiente, ficando marcada para 9 de Maio.

O adiamento da assembleia dos associados já era previsível uma vez que, pelas regras, para que a reunião desta primeira convocatória se realizasse teriam de estar representados dois terços dos associados com direito de voto. A Associação Mutualista Montepio Geral tem cerca de 600 mil associados.

Assim, a reunião realizar-se-á apenas na data e lugar da segunda convocatória, dia 9 de Maio, pelas 21 horas, no Coliseu de Lisboa, confirmou à Lusa fonte do Montepio. Neste encontro já não há obrigatoriedades de quórum mínimo para a AG se realizar.

Esta assembleia-geral extraordinária serve para os associados deliberarem a passagem a sociedade anónima da Caixa Económica Montepio Geral, pertencente na totalidade à Associação Mutualista Montepio.

Esta alteração já foi aprovada pela assembleia-geral da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), assim como os novos estatutos, e falta agora a ratificação dos associados da casa-mãe para concluir o processo.

O processo de transformação da Caixa Montepio Geral em sociedade anónima começou em Março de 2016, por exigência do Banco de Portugal.

Segundo os novos estatutos do banco como sociedade anónima, a alteração implica que a Associação Mutualista deixe de ter 100% do capital social do banco, uma vez que os atuais detentores de títulos do Fundo de Participação da Caixa Económica Montepio Geral passam a ser accionistas do banco.

De acordo com fonte da associação mutualista, uma vez que esta tem 275 milhões de euros em unidades de participação e 115 milhões de euros estão dispersos, a associação fica com 94,7% do capital social e os restantes accionistas com 5,3%.

A passagem a sociedade anónima, ao permitir que o capital social da Caixa Económica Montepio Geral seja aberto, abre a possibilidade de novos investidores estratégicos entrarem no seu capital.

A CEMG apresentou um prejuízo de 86,5 milhões em 2016, uma melhoria face ao resultado líquido negativo de 243 milhões de euros em 2015.

Já da Associação Mutualista Montepio são conhecidas, para já, apenas as contas individuais de 2016, com um lucro de 7,4 milhões de euros.

 

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