Administrador deixa CTT após suspeitas sobre falsificação de currículo

Foto
Marcos Baptista foi nomeado para o cargo em 2005 Foto: Shamila Mussa

Marcos Baptista, antigo sócio do secretário de Estado dos Transportes Paulo Campos, terá adulterado as habilitações académicas e suspendeu hoje o mandato.

O administrador dos CTT foi nomeado para o cargo enquanto licenciado, de acordo com o despacho publicado em Diário da República, noticia o jornal i. No entanto, o curso de Economia não terá sido concluído, uma vez que Marcos Baptista não completou cadeiras suficientes para concluir uma licenciatura pós Bolonha.

O diário refere, na edição online, que, na sequência destas suspeitas, o responsável suspendeu o mandato na empresa pública. Numa carta enviada aos trabalhadores, Marcos Baptista mostrou-se “surpreendido por dúvidas” relativas ao seu percurso académico.

“Devo referir que sempre estive convencido de que o meu percurso académico com oito anos de frequência universitária e elevado número de cadeiras concluídas, em mais do que um plano de estudos curriculares, correspondesse a um curso superior à luz das equivalências automáticas do Processo de Bolonha. Solicitei, por isso, hoje ao ISEG [a instituições que frequentou] a devida avaliação curricular”, referiu no comunicado interno.

Marcos Baptista ocupava as funções de administrador para as áreas de marketing, regulação, suporte a clientes, entre outros. E, no site da empresa, o responsável é apresentado como "licenciado em Economia, pelo Instituto Superior de Economia, da Universidade Técnica de Lisboa". Grau ao qual soma uma "especialização em marketing e merchandising",

O jornal i recorda que foi o secretário de Estado dos Transportes, Paulo Campos, que tem a tutela dos CTT, que nomeou Marcos Baptista para o cargo, em 2005. E que o agora ex-administrador da empresa tinha sido sócio do governante na empresa Puro Prazer.

Sugerir correcção
Comentar