Os sindicatos chegaram a um acordo de princípio com a administração da transportadora aérea para desconvocar a paralisação de três dias, que estava agendada para 21, 22 e 23 de Março.

Tal como o PÚBLICO noticiou nesta sexta-feira, a TAP apresentou aos sindicatos uma proposta que mitiga por completo os cortes salariais impostos pelo Orçamento do Estado para 2013, o que fez com que os representantes dos trabalhadores recuassem na paralisação de três dias.

“Considerámos que havia condições para desconvocar [os protestos], uma vez que as medidas que resultaram do regime de adaptação de 2011 e 2012 foram retiradas para não se sobreporem às reduções previstas no Orçamento do Estado”, explicou André Teives, presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling e porta-voz da plataforma sindical que convocou esta greve.

Em 2011 e 2012, os trabalhadores da TAP não foram abrangidos pelos cortes salariais e, em contrapartida, foram alvo de "medidas de adaptação", que permitiram à companhia aérea fazer algumas poupanças. São essas medidas que vão agora ser revogadas.

O acordo de princípio será assinado pela administração da companhia, pelo Governo e pelos sindicatos, sendo que a decisão de levantar a greve só poderá ser formalizada segunda-feira. Isto porque os sindicatos dos tripulantes e dos pilotos terão ainda de discutir a decisão nas assembleias gerais agendadas para esse dia.

Fonte da TAP disse à Lusa que "estão criadas as condições para se verificar em breve a normalização laboral da empresa", pelo que a companhia abriu "desde já, as suas reservas nos voos dos dias 21 a 23". Uma forma de tentar recuperar parte do tráfego.

Segundo os últimos dados recolhidos pelo PÚBLICO, o anúncio da greve já tinha custado à empresa o cancelamento de mais de 30 mil reservas.

Notícia actualizada às 10h25 Explica-se que, embora estejam reunidas as condições para desconvocar a greve, a decisão só será formalizada na segunda-feira, após as assembleias gerais dos sindicatos dos tripulantes e dos pilotos.