Acções do Deutsche Bank caem 6% e levam bolsas para terreno negativo

Incerteza sobre necessidades de capital do maior banco alemão penaliza negociações nas praças europeias.

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O Deutsche Bank garante que uma ajuda pública não está em cima da mesa Reuters/Kai Pfaffenbach

A incerteza em relação às necessidades de capital do Deutsche Bank está a pressionar as acções da instituição. Na manhã desta sexta-feira, os títulos do maior banco alemão estão a cair perto de 6%, depois de terem recuado mais de 8% ao início da manhã em Frankfurt.

Por volta das 9h30 (em Portugal Continental), cada acção valia 10,27 euros, menos 5,43% face ao fecho da sessão de quinta-feira.

Já em Wall Street, as acções do grupo alemão tinham caído na quinta-feira mais de 6,5%, depois de uma notícia da agência Bloomberg dando conta de que alguns hedge funds que negoceiam produtos financeiros complexos estão a reduzir a sua exposição ao Deutsche Bank.

Na Alemanha, informação e contra-informação sobre a situação do maior banco do país acentua a incerteza e criar algum nervosismo nos mercados. Na quinta-feira, o presidente executivo do banco, John Cryan, garantiu numa entrevista ao Bild que uma eventual ajuda pública “não estava em cima da mesa”. Mas no mesmo dia o jornal Die Zeit noticiava, com base em fontes não identificadas, que existe um plano de resgate para o banco, que poderia levar o Estado alemão a assumir 25% do capital. Não demoraria a haver uma reacção do Ministério das Finanças alemão, que horas depois desmentia a notícia, garantindo não estar a ser preparado qualquer plano nesse sentido.

Nas bolsas, o sentimento é negativo, com o nervosismo em relação ao maior banco alemão a pressionar as acções no sector bancário europeu.

O STOXX 600 Bank, índice que permite acompanhar a evolução do preço das acções de bancos europeus, está a recuar perto de 3%, ao mesmo tempo em que as principais praças europeias negoceiam também em baixa.

A meio da manhã, o índice de referência de Frankfurt, o DAX, apresentava uma queda de 1,6%. O londrino FTSE 100 perdia 1,23%, em Paris o CAC 40 recuava 1,6%, o IBEX 35 de Madrid descia 2,29%, o FTSE MIB de Milão baixava 1,52%. Também o BEL 20 de Bruxelas estava em terreno negativo, desvalorizando-se 1,44% e a mesma tendência acontecia em Amesterdão, onde o AEX caía 1,26%, e em Lisboa, com o PSI-20 a baixar 1,07%.

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