Virtudes e fraquezas dos candidatos ao título

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Benfica

(+) Opções para o ataque

Jonas, Mitroglou e Raúl Jiménez já davam a Rui Vitória um leque de opções para o ataque sem paralelo em Portugal e a chegada de Seferovic só veio “agravar” o cenário. Veremos se o Benfica fecha o mercado com os quatro avançados a bordo, sendo certo que todos têm qualidade para jogar de início.

(+) Reforço do corredor central

Com Filipe Augusto fisicamente em bom plano, Martin Chrien a mostrar alguns sinais promissores e Krovinovic (a recuperar de lesão) à espreita, Rui Vitória terá mais opções para poder gerir de outra forma a condição física de Pizzi, em contextos de menor exigência.

(+) Cultura de vitória

Depois de quatro anos seguidos a ganhar, os percalços momentâneos são encarados com outro grau de confiança. Até porque o Benfica já mostrou ser capaz de começar uma época com o pé esquerdo e conseguir dar a volta por cima.

(-) Linha defensiva

Com dificuldades na baliza (por força das sucessivas lesões de Júlio César) e no lado direito da defesa (Pedro Pereira não mostrou ainda ser o lateral de que a equipa precisa), o Benfica arranca a temporada com um quarteto defensivo fragilizado.

(-) Pré-época

Muitas experiências durante o período de preparação e poucos “novatos” a mostrarem serviço. Os pormenores de Chris Willock, Chrien, Seferovic e Diogo Gonçalves não chegam para disfarçar a falta de intensidade e de entendimento entre o sector mais recuado do meio-campo
e a linha defensiva.

FC Porto

(+) Nova dinâmica

O 4-4-2 preconizado por Sérgio Conceição revela um FC Porto com uma dinâmica diferente da de 2016-17. Uma equipa mais autoritária, muito pressionante nos últimos 40 metros, a recuperar rapidamente a bola e a colocar muita gente na área para finalizar. Pode ser uma abordagem de risco para os jogos de maior exigência, mas são princípios de jogo com alta probabilidade de sucesso na maioria dos desafios da Liga.

(+) Ricardo Pereira e Aboubakar

Os dois regressos mais bem sucedidos até à data. O camaronês tem feito uma dupla interessante com Soares no eixo do ataque, o português tem sido determinante na forma como a equipa alterna jogo interior e exterior pelo flanco direito.

(+) Jogo interior

Uma das mais-valias desta versão do FC Porto, com os extremos (Corona e Brahimi) a caírem frequentemente para dentro para provocarem superioridade.

(-) Substituto para Danilo

Mesmo que o FC Porto resista ao que resta do período de tansferências, falta no plantel uma alternativa a Danilo, para a posição seis. Existem outras soluções (Herrera, André André), mas nenhuma que garanta os mesmos equilíbrios defensivos.

(-) Transições defensivas

Será o capítulo mais delicado para aperfeiçoar na ideia de jogo de Sérgio Conceição. Com a equipa “acampada” no meio-campo contrário, é difícil evitar que o rival accione o contragolpe em situações de igualdade (ou até superioridade) numérica. E essa será uma das armas preferenciais dos adversários.

Sporting

(+) Reforços de peso

Mathieu, Fábio Coentrão e Acuña chegaram para pegar de estaca no “onze”, tal como Piccini, ainda que mais por ausência de concorrência na direita. Mas Battaglia e Bruno Fernandes também vão causar dores de cabeça a William e Adrien — e deverão estar prontos, ainda que com um perfil distinto, para render um dos dois (ou ambos) se o mercado de transferências ainda fizer mossa em Alvalade.

(+) Podence

Uma das mais-valias deste plantel e um sério candidato a empurrar Doumbia para o banco. O pequeno atacante tem provado que merece um lugar no “onze”, acrescentando à dupla de ataque (com Bas Dost, claro está) o que faltou na época passada: movimentos à largura, velocidade, capacidade de penetração em espaços curtos e ataque à profundidade.

(+) Versatilidade táctica

Jesus tem procurado sistematizar o 3-4-2-1 como alternativa ao 4-4-2. Pode levar algum tempo, mas importa ter uma solução de recurso para os vários contextos.

(-) Articulação da linha defensiva

Mathieu e Piccini têm revelado lacunas na definição da última linha e o Sporting sofreu com isso na pré-época. O tempo contribuirá para melhorar as rotinas, mas tempo é algo que os “leões” parecem não ter, até por força do determinante play-off de acesso à Liga dos Campeões.

(-) Concorrente para Piccini

O Sporting está no mercado a tentar encontrar um lateral que concorra com (ou supere) Piccini na luta pelo lado direito da defesa. E bem precisa, já que André Geraldes parece estar longe de convencer no desempenho da posição.

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