Um a um, os melhores e piores de Portugal

Avaliação individual dos jogadores frente a França, com notas de zero a dez.

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A equipa que defrontou a França MIGUEL MEDINA/AFP

Rui Patrício (nota 9 em 10)

As mãos de Rui Patrício seguraram mesmo tudo o que a França lhe atirou. Griezmann aos 9’, Giroud aos 10’, Sissoko aos 34’ e aos 84’, golos certos que o guarda-redes do Sporting transformou em quase golos, numa demonstração plena de agilidade, reflexos e muita frieza perante o perigo. Já tinha sido decisivo nos penáltis com a Polónia, voltou a ser decisivo na final.

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MARTIN BUREAU/AFP

Cédric Soares (7)

Como sempre, um jogador com muito pulmão. Fez um grande passe longo aos 4’ para Nani atirar por cima. Perdeu alguns duelos com os avançados franceses e teve de encarar o velocista Kingsley Coman durante uma hora, mas não comprometeu.

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Valery HACHE/AFP

Pepe (8)

Teve duas falhas, aos 9’, quando escorregou e deixou a França aproximar-se com perigo, e no tempo de compensação perante Gignac, que acertou no poste. Tirando esses dois momentos, o central luso-brasileiro fez mais um jogo enorme, sendo até considerado pela UEFA o homem do jogo, um prémio que já lhe deveria ter sido entregue em outros dois jogos durante o torneio. Lidou muito bem com Giroud e com Griezmann, teve alguns problemas com Gignac, mas foram poucas falhas para tanta alma.

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MIGUEL MEDINA/AFP

José Fonte (7)

Não fugiu à regra desde que assumiu a titularidade na selecção portuguesa. Começou um pouco nervoso, mas rapidamente estabilizou e foi, mais uma vez, impecável na antecipação, no jogo aéreo e no confronto físico. Este Euro também é uma história de redenção para o central do Southampton, que ainda há poucos anos andava perdido nas divisões secundárias de Inglaterra.

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PHILIPPE LOPEZ/AFP

Raphael Guerreiro (7)

Se há um jogador que é uma revelação da selecção portuguesa neste Euro é o lateral-esquerdo que vai jogar na Bundesliga na próxima temporada. Não chegou a França como titular, mas já ninguém lhe irá tirar esse estatuto tão cedo. Incombustível durante 120’, Raphaël Guerreiro ainda mostrou credenciais para tentar mais vezes marcar livres. Como Ronaldo não estava em campo, ensaiou um livre frontal e atirou à trave.

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William Carvalho (7)

Foi dos que mais sofreu com a capacidade física e superioridade numérica da selecção francesa durante a primeira parte, muitas vezes obrigado a correr atrás da bola quando se sabe que o seu forte não é esse. Melhorou muito na segunda parte e esteve mais próximo do seu nível normal. Quando a França apertou no ataque, o médio do Sporting foi uma ajuda preciosa aos centrais.

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Charles Platiau/Reuters

Adrien Silva (6)

Não se deu nada bem com Pogba, Matuidi e Sissoko. Perdeu muitos duelos no corpo a corpo e nunca pareceu muito à vontade no jogo. Teve uma boa bola à entrada da pequena área após jogada de Nani, mas levou tempo a decidir e ficou rapidamente cercado. Foi o primeiro a sair quando a pressão francesa se tornou quase insuportável.

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MIGUEL MEDINA/AFP

João Mário (7)

Também sofreu na fase em que o meio-campo francês mandava no jogo. Depois dos momentos de maior aperto, também se libertou e teve outro critério na distribuição, desempenhando ainda um papel importante no capítulo defensivo.

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FRANCK FIFE/AFP

Renato Sanches (6)

Foi eleito o melhor jogador jovem do torneio pelo que fez nos jogos anteriores e não pelo que jogou na final, talvez o seu desempenho mais discreto no Euro. Teve algumas perdas de bola na primeira parte e nem sempre decidiu bem na hora do passe, apesar de ter ensaiado algumas vezes os raides até à área contrária. Acabaria por sair aos 79’ para dar o lugar a alguém que seria decisivo...

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FRANCK FIFE/AFP

Nani (7)

Quando Ronaldo saiu, foi ele, o outro centenário (em jogos), a ficar com a braçadeira de capitão. Acabaria por a devolver depois do apito final a Ronaldo, mas, nos quase 100 minutos que a teve, foi o líder que a equipa precisava, abnegado, omnipresente, a ajudar no esforço defensivo, mas sempre a olhar para a baliza. Logo aos 4’, foi dele o primeiro remate português no jogo (a bola saiu por cima) e, aos 80’, obrigou Lloris a uma defesa apertada. Um jogo de sacrifício para alguém que fez um grande Europeu.

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Carl Recine/Reuters

Cristiano Ronaldo (-)

A selecção portuguesa estava formatada para jogar com ele e seria ele o alvo das maiores atenções francesas. Infelizmente para ele, foi literalmente um alvo abatido por Payet, com uma joelhada logo no início que o acabaria por tirar do jogo. Ainda tentou regressar, mas acabou por sair em lágrimas. Voltou ao banco, sofreu como os outros e, depois, chorou de alegria. Na hora de receber a taça, voltou a ter a braçadeira. Merecidamente. Não por este jogo, mas porque foi ele que trouxe Portugal até aqui.

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Michael Dalder/Reuters

Ricardo Quaresma (6)

Teve de entrar bem mais cedo do que é habitual por causa da lesão de Ronaldo e, numa primeira fase, teve poucos argumentos para enfrentar a pressão francesa. Mas dele sempre se pode esperar alguma magia e esta esteve perto de acontecer, com um pontapé de bicicleta aos 80’ que Lloris segurou. Ainda marcou um livre que criou algum perigo e um canto que quase deu golo. Não foi decisivo, mas também foi importante.

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João Moutinho (7)

Perdeu a titularidade com o decorrer do Euro mas provou a sua utilidade perante o desgaste rápido de Adrien. A sua experiência durante a fase final do tempo regulamentar e durante o prolongamento foi fundamental na hora de segurar a bola. E foi dele que saiu o passe para o golo de Éder.

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Éder (9)

Ninguém pensaria nele como aquele que poderia ser decisivo. Talvez algum apostador que arriscasse alguns euros para tentar ganhar algum dinheiro e, durante o Euro, até Fernando Santos parecia ter-se esquecido dele nas outras situações de aperto que a selecção foi vivendo ao longo da prova. Mas o seleccionador português percebeu muito bem o que a selecção portuguesa precisava e gastou a última substituição que tinha com Éder. Portugal ganhou outra presença junto à área francesa, um pivot para receber, distribuir e sofrer faltas. Éder fez tudo isso muito bem. Depois, aos 109’, entrou para a história. É assim que se fazem os heróis. Éder arriscou, acertou e fez um povo feliz.

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