Um a um, os melhores e piores de Portugal

Avaliação individual dos jogadores que actuaram frente à Islândia, com notas numa escala de 0 a dez.

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A equipa portuguesa que alinhou frente à Islândia Reuters

Rui Patrício (Nota 7 em 10)

Cumpriu 100 jogos em todas as selecções de Portugal e seis anos de titularidade na principal baliza portuguesa com mais uma participação segura. Não teve qualquer responsabilidade no golo da Islândia e, não sendo chamado a grandes trabalhos, Rui Patrício não falhou nos momentos-chave. Especialmente logo aos três minutos a defender um remate e depois a recarga de Sigurdsson na primeira vez que a Islândia chegou à área de Portugal. Já perto do final do encontro (86 minutos), Patrício voltou a brilhar ao defender um remate forte da Islândia. Mãos seguras na baliza portuguesa.

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Vieirinha (4)

Fez uma primeira parte impecável. Bom no apoio aos centrais, rápido a partir para o ataque e sem medo de arriscar o remate à baliza. Foi mesmo um dos principais responsáveis pelo esticão da equipa, ainda na primeira metade do jogo, que encostou a Islândia na defesa. Acabou, porém, por ser o principal responsável pelo golo da Islândia, aos 50 minutos. O cruzamento para o golo é feito do lado direito do ataque islandês e Vieirinha falha a intercepção da bola e a marcação a Bjarnason, que acabou por aproveitar a desatenção do português para fazer o golo. Até ao final da partida, o jogador do Wolfsburgo ainda teve alguns momentos bons, mas nunca mais foi o mesmo da primeira parte.

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Pepe (5)

Sempre seguro a defender e a arriscar algumas vezes em acções atacantes. Pepe teve uma noite segura, sem complicar em matéria disciplinar e solidário com os homens do meio-campo. Mas também não fica bem na fotografia no lance do golo islandês.

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Ricardo Carvalho (6)

É o jogador de campo mais velho na prova, 38 anos e 27 dias, mas a idade parece não pesar no central da selecção. Foi mesmo um dos melhores em campo. O jogador do Mónaco continua a mostrar a elegância e segurança de sempre. Impecável nos cortes, sempre limpos e eficientes.

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Raphaël Guerreiro (6)

Com apenas oito internacionalizações pela selecção A de Portugal, Raphaël Guerreiro parece ter agarrado o lugar. E o futebolista de 22 anos merece. Mostrou grande segurança num jogo em que quase não cometeu erros e em que foi dos mais empurraram a selecção para a frente. É impressionante como segura a bola e o seu poder no um para um. É um daqueles jogadores que nunca desistem, seja a atacar, seja a defender. 

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Danilo (5)

Não esteve muito bem nas acções ofensivas, com alguns passes falhados. Teve uma noite discreta, não comprometeu, mas perdeu muitos lances aéreos frente aos altos islandeses. Fernando Santos parece apostar claramente nele. É um jogador que garante peso à equipa, especialmente à defender.

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João Moutinho (5)

O médio do Mónaco não teve uma época fácil, com algumas lesões a prejudicá-lo, e está longe do João Moutinho de anos anteriores. Lutou bastante na primeira parte, mas já não foi a “formiguinha” do meio-campo de outros tempos. Parece algo inseguro nas marcações de bolas paradas, especialmente nos pontapés de canto que nunca lhe saíram bem. A sua experiência e a “manha” dos longos anos de serviço acabam por colmatar algumas deficiências. Acabou substituído por Renato Sanches, aos 70 minutos.

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João Mário (5)

João Mário não foi o jogador que habitou os portugueses nos últimos tempos. Parece ter entrado nervoso, demorou a aparecer e, quando Portugal conseguiu encostar a Islândia à sua área, o médio do Sporting nunca fez a diferença. A qualidade esteve sempre lá, mas os erros foram muito acima da média.

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André Gomes (6)

Foi dos seus pés que saiu o cruzamento rasteiro para o golo de Nani. O jogador do Valência esteve, aliás, sempre bem no jogo. Seguro a transportar a bola, sempre disponível para apoiar em acções defensivas, atrevido a atacar e sem medo de arriscar em rematar à baliza. É um jogador que oferece segurança em todo o campo. 

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Cristiano Ronaldo (6)

O avançado do Real Madrid é, desde esta terça-feira, o futebolista com mais jogos (15) em fases finais dos Europeus, ultrapassando o espanhol Iker Casillas. Também igualou Figo no número de internacionalizações pela selecção portuguesa, com 127 encontros. Porém, este jogo não fica no álbum de ouro do CR7. Não jogou mal, porque Ronaldo não sabe jogar mal. Mostrou muita alegria e determinação, mas falhou mais do que é habitual. O futebolista do Real Madrid, embora muito marcado e, por vezes, em falta pelos adversários, falhou golos que não costuma falhar em partidas decisivas. No último minuto de jogo, num livre perto da grande área, local onde já marcou muitos golos, acabou mais uma vez por falhar. E nesta selecção quando as coisas não correm bem a Ronaldo, dificilmente correm bem a toda a equipa.

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Nani (7)

O jogador não deve ter tido uma semana fácil, com a sua titularidade a ser questionada por muitos depois das excelentes exibições de Quaresma. Mas a lesão que incomodou o seu colega de equipa acabou por lhe valer o lugar no "onze". E Nani cumpriu. Fez o seu primeiro golo numa fase final de um Europeu de futebol, deixando Portugal em vantagem no jogo. A forma efusiva como festejou o golo mostrou a vontade que tinha de brilhar. E brilhou, mais na primeira parte do que na segunda. Mostrou uma determinação impressionante, correu como mais nenhum, disputou todas as bolas, apoiou a defesa e foi dos que mais lutaram pela vitória. Nani merecia ganhar o jogo por tudo o que fez, mas deixou uma certeza: a selecção pode contar com ele.

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Renato Sanches (6)

Não esteve em campo tempo suficiente para poder mostrar grande serviço (entrou ao 70 minutos para o lugar de João Moutinho), mas Renato foi Renato: um poço de força e grande capacidade para empurrar a equipa para a frente, excelente a segurar a bola e com vontade de ganhar.

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Ricardo Quaresma (6)

Entrou aos 75 minutos e dois minutos depois já rematava à baliza, obrigando o guarda-redes da Islândia a uma defesa apertada. Colocado a jogar na direita e não ao centro mais perto de Ronaldo, onde nos últimos jogos tem brilhado, Quaresma mostrou mais uma vez que tem lugar no "onze" e ao que parece a lesão está debelada. Os cantos, no entanto, não lhe saíram sempre bem.

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Éder (-)

A entrar em campo aos 84 minutos para o lugar de André Gomes, o único ponta-de-lança da equipa não teve tempo para mostrar serviço.

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