Triunfo para o Desp. Chaves, final para o V. Guimarães

Os vitorianos vão regressar ao Jamor quatro anos depois e defrontarão o vencedor do duelo entre Benfica e Estoril.

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O Chaves esteve a ganhar por 3-0 e falhou um penálti quase no fim LUSA/PEDRO SARMENTO COSTA

A segunda mão da meia-final da Taça de Portugal que Desportivo de Chaves e Vitória de Guimarães disputaram nesta terça-feira, em Trás-os-Montes, não se limitou a confirmar o nome dos minhotos na final da Taça de Portugal. Ofereceu também um espectacular jogo de futebol, ganho pelos transmontanos por 3-1, que até estiveram no Jamor mas apenas por cerca de um minuto.

A missão dos flavienses não era fácil. Na primeira mão, a derrota por 2-0 tornava complicada a missão de dar a volta à eliminatória. A história também não ajudava, com o último triunfo do Desp. Chaves sobre o V. Guimarães a ter acontecido em 1991. Restava a estatística que a equipa da casa tem conseguido somar esta temporada: há seis jogos que não sofria golos no seu estádio e, em 16 partidas, apenas o Benfica tinha sido capaz de lá ganhar.

Um golo logo no primeiro minuto foi o melhor arranque possível para o Desp. Chaves. Perdigão, num remate de fora da área, fez os flavienses acreditarem que era possível dar a volta ao texto. E num livre marcado de forma directa por Bressan — com vários jogadores da sua equipa em posição irregular — o árbitro da partida considerou que nenhum deles interferiu na jogada, fazendo com que o Desp. Chaves igualasse a eliminatória.

Pouco depois, a equipa transmontana viu, bem, um golo ser-lhe anulado e Ricardo Soares acabou por ser expulso do banco de suplentes por protestos. E foi já na segunda parte e com o seu treinador a ver a partida na bancada que o sonho dos flavienses ganhou asas, quando Nuno André Coelho fez o 3-0 e consumava a reviravolta.

Só que os homens da casa quase não tiveram tempo para saborear o momento. Na jogada seguinte, Marega, num misto de sorte e oportunismo — o avançado aproveitou um ressalto de bola para enviá-la ao poste e depois, na recarga, para dentro da baliza — marcou o golo que colocou a equipa minhota na final do Jamor, quatro anos depois da última vez que lá esteve, tendo na altura derrotado o Benfica e conquistado o troféu.

A segunda parte deu mais Vitória, que teve os lances mais perigosos neste período, mas foi o Desp. Chaves que desperdiçou a mais clamorosa ocasião de golo. A poucos minutos do final da partida, Braga permitiu a Douglas defender um penálti que poderia ter dado a segunda presença na final da Taça de Portugal.

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